Seria muito útil convencer a Organização Mundial da Saúde (OMS) que o “autismo” não é a mesma coisa que os “transtornos do autismo”.
A Sra. Chiara Servili é o especialista em autismo da OMS em Genebra (sede mundial). Nós a conhecemos desde 2014.
1. Por que é tão importante
Esse assunto é de extrema importância, porque o “Confusão Autismo-Transtorno”, que é onipresente no mundo, faz com que as pessoas vejam o autismo apenas de uma forma negativa:
– que não permite que pessoas autistas levem vidas dignas e plenas;
– que impede as pessoas de verem as qualidades do autismo (desde “as qualidades de um distúrbio” é uma ideia absurda), e, portanto, de desenvolvê-los;
– o que faz com que as autoridades públicas quase não envidem esforços para corrigir o “sistema social” para torná-lo mais adequado para pessoas autistas (pois eles acreditam que o autismo é apenas “um defeito a ser eliminado”);
— que, portanto, perpetua uma “perturbado e perturbador” ambiente social e sociogerado que é difícil para as pessoas autistas suportarem, o que contribui para manter suas dificuldades, seu sofrimento, sua exclusão (ou autoexclusão, incluindo suicídio),
— sem mencionar a estigmatização e o assédio impostos a pessoas consideradas “fundamentalmente defeituoso para a vida” (uma vez que a sua natureza autista é reduzida apenas a “distúrbios”).
Isto é portanto a questão mais importante para nós, porque quando tentamos explicar este problema de confusão às autoridades ou organizações públicas de vários países, eles às vezes se referem às páginas da OMS que – muito lamentavelmente – comece anunciando que “autismo” é a mesma coisa que “transtornos do autismo” (qual, mesmo semanticamente, não faz sentido).
Nosso documento destrói poderosamente esses equívocos.
Esperamos que a OMS concorde em analisar as nossas explicações e argumentos, qual, no melhor, poderia levá-los a corrigir suas páginas.
E a partir daí, nossas explicações sobre o autismo seriam apoiadas por uma autoridade respeitada, e as coisas seriam menos difíceis.
2. Nosso documento explicativo
Sobre 10/11/2023, Enviamos um documento muito detalhado (81 Páginas) à Sra.. Chiara Servili (o especialista em autismo da OMS), contendo muitas explicações para fazer entender esta distinção (que é essencial para a compreensão do autismo), e argumentos que demonstram a sua utilidade para o bem-estar das pessoas autistas.
Secundariamente, este documento também resolve alguns problemas comuns de expressões inadequadas ou mal traduzidas.
Este documento serve como “apoiar” para o nosso encontro, o que seria muito vago sem ele, ou seja. “começando do zero”.
2.1. Índice do nosso documento explicativo
Copiamos o índice do nosso documento abaixo, para dar uma ideia rápida sem ter que ler tudo.
1. “Autismo” 6
1.1 Nossa descrição factual “Autismo” 6
1.1.1 “Característica essencial” do autismo 6
1.1.2 “Mental, características sensoriais e comportamentais” do autismo (descrição sem uma abordagem defectológica) 6
1.1.3 “Característica de autoproteção” de Autismo 8
1.2. O “defectológico” caracterização do autismo (ou seja. a partir de um “não autista” ponto de vista) 9
1.3. Conclusão essencial 9
2. “Transtornos do Autismo” 10
2.1. A natureza subjetiva e discutível da noção de “deficiência/deficiência/distúrbio” (relacionado ao autismo) 10
2.1.1. Transtornos subjetivos (relacionado ao autismo) 10
2.1.2. Exemplos de subjetividade na OMS “descrição técnica” dos transtornos do espectro do autismo 12
2.1.3. Subjetividade na OMS “descrição geral” de “distúrbios” 14
2.2. O objetivo, natureza factual e inegável do “problemas/dificuldades” 14
2.2.1. Distúrbios objetivos (relacionado ao autismo) 15
2.2.2. Dificuldades e Transtornos Objetivos” da perspectiva autista 16
2.3. “Gerado socialmente ((Deficiências)) Perturbações”, de acordo com nós 18
2.3.1. Sensorial Sociogerado ((Imparidade)) Perturbações 19
2.3.2. Mental Gerado Sócio ((Transtornos)) Perturbações 19
2.3.3. Outros gerados socialmente ((Transtornos)) Perturbações 19
2.4. Outros possíveis ((Dano)) Perturbações 19
3. Transtornos do Autismo” segundo a OMS 20
3.1. A OMS “descrição geral” de “autismo/transtornos” (os dois estão confusos) 20
3.2. A WHO “descrição técnica” de “Transtornos do espectro do autismo” em “CID-11 / 6A02” (SEM a confusão do “descrição geral”) 25
4. Nossa distinção fundamental entre “Autismo” e “Transtornos do espectro do autismo” 26
4.1. Qual é essa distinção? 26
4.2. Por que essa distinção é tão importante? 26
4.2.1. Simplesmente porque é verdade (ou seja. porque a confusão atual está errada) 26
4.2.2. Porque, mesmo semanticamente, a confusão atual é um absurdo 26
4.2.3. Porque em alguns casos “autismo” não é acompanhado de “distúrbios” 27
4.2.4. Porque a confusão atual dificulta a percepção e compreensão das qualidades do autismo (e, portanto, seu desenvolvimento) 27
4.2.5. Porque reduzindo “autismo” exclusivamente para “distúrbios” ou “deficiências” é altamente desvalorizador e perigoso 28
4.2.6. Porque é prejudicial para “aprendendo sobre a sociedade” (o que é muito útil, contanto que não seja “formatação”) 28
4.2.7. Porque a confusão atual incentiva a estigmatização e o preconceito grave contra nós 29
4.2.8. Porque a abordagem social geral negativa e defectológica assim engendrada leva à eugenia (ou seja. uma forma de genocídio) 29
4.2.9. Porque essa confusão não promove acessibilidade para pessoas autistas 30
4.2.10. Porque a actual confusão dá origem a conflitos permanentes e inúteis entre os (geralmente não-autista) defensores do costume “defectológico” abordagem e seus (geralmente autista) oponentes 30
4.2.11. Porque a confusão atual dificulta a pesquisa e a compreensão do autismo 31
4.2.12. E mais… 31
5. A negativa/defectológica e “crítico” natureza das definições da OMS de “Autismo” e “Transtornos do Espectro Autista” 32
5.1. Relativo “autismo/transtornos” (confuso) no “descrição geral” 32
5.2. Relativo “distúrbios” no “descrição técnica” 36
6. Outras questões importantes no site da OMS relativas “Autismo” e “Transtornos do espectro do autismo” 38
6.1. O “Transtorno de Disorderismo Anglófono” (cf.. “transtornos autistas”) 38
6.2. O “Transtorno de perturbação francófona” (cf.. “problemas autistas”) 39
6.3. O “Transtorno de Personwithismo Anglo-Francês” (cf.. “pessoas com autismo”) 39
6.4. O “Transtorno de Hittismo-Afetismo Francófono” (cf.. “pessoas com autismo” (“pessoas atingidas (afetado) por autismo”)) 42
6.5. O “Transtorno de Havismo Anglófono” (cf.. “ter autismo”) 43
6.6 O mundo de cabeça para baixo 44
7. Detalhes adicionais sobre “comorbidades”, “incapacidade” e “Sofrimento” 46
7.1. Comorbidades 46
7.1.1. Problemas erroneamente atribuídos ao autismo 46
7.1.2. Outros problemas, distúrbios, patologias e doenças que freqüentemente afetam pessoas autistas 46
7.2. O “deficiência” associado a estes “distúrbios” 46
7.3. O “sofrimentos de pessoas autistas” 47
8. A nossa abordagem positiva e realista “Autismo” 48
8.1. “Autismo” ou natureza autista 48
8.2. As qualidades do autismo decorrentes da natureza autista 48
8.3. Os benefícios dessas qualidades para a sociedade se a confusão atual acabar, o que permitiria iniciar as correções/adaptações necessárias para os autistas, mas também salutares para todos 49
9. Informações adicionais: “As necessidades das pessoas autistas” 51
9.1. Harmonia em geral 51
9.1.1. Aceitação, inclusão, equidade 51
9.1.2. Sem restrições específicas 51
9.1.3. Harmonia e coerência na educação e na aprendizagem sobre o funcionamento social 52
9.2. Proteção contra “distúrbios” (ou seja. quebras de harmonia) 52
9.2.1. Sensorial gerado socialmente ((imparidade)) distúrbios 53
9.2.2. Mental gerado socialmente ((distúrbios)) distúrbios 53
9.2.3. Outros gerados socialmente ((dano)) distúrbios 53
9.2.4. Outros possíveis ((dano)) distúrbios (não gerado socialmente) 53
9.3. Segurança física e liberdade 53
9.4. Respeito pela natureza autista 53
9.5. Aprendendo sobre “não-autismo” e autismo (qualidades e características) 55
9.6. Proteção contra a grave armadilha da auto-estima através do julgamento dos outros (e outras armadilhas) 55
9.7. Descobertas, experiências, e aventuras (incluindo viagens) 56
9.8. Realização pessoal e o ‘direito à felicidade’ 56
10. Uma questão de “Quadros de referência” (ou paradigmas) – Conclusão 57
10.1 “Quadro de referência natural” contra. “Quadro de referência artificial” 57
10.2. Conclusão 58
10.3. Em poucas palavras 59
10.4. Em uma frase... 61
Apêndice A: e-mail da Aliança Autista (França) datado 01/06/2023 62
A1. Erro de “pessoa com” (e “afetado por”) 62
A2. Confusão entre “autismo” e “distúrbios (caracterizando o autismo)” 63
Apêndice B: Página da Aliança Autista (França) no “Distinção Fundamental do Autismo”. 66
B1. Autismo 66
B2. As dificuldades específicas e “distúrbios” 66
B3. Deficiências autistas 68
apêndice C: Carta “Para a Organização Mundial da Saúde, e por uma Organização Mundial mais Saudável (OMS / COMO)” de 9 de outubro, 2015 70
C1. Primeira condição para a dignidade : o direito de estar vivo, o direito de nascer 70
C2. Segunda condição para dignidade : o direito de viver onde quisermos, e como queremos 72
C3. Terceira condição para a dignidade : não considerando como “doente” ou “homens loucos” pessoas que são apenas diferentes 72
C3b. Em relação ao autismo 73
C4. Quarta condição principal para a dignidade : curando pessoas em caso de *doenças reais*, e não em caso de “diferenças” 73
C5. Para concluir 74
D. Um exemplo de “conjunção” de sensoriais e mentais gerados socialmente ((deficiências)) distúrbios, viveu muito recentemente 76
D1. Descrição cronológica bastante detalhada 76
D2. O “normal não autista” abordagem (é claro que superficial e errôneo) para esta situação 79
D3. Abordagem “de dentro” (ou seja. preciso e realista, em vez de “adivinhação”) 79
D4. Como “decidir” (como escolher) entre as duas abordagens opostas (“Quem está certo?”) 81
D5. A necessidade de uma melhor compreensão do autismo e a criação de políticas de acessibilidade (e medidas concretas correspondentes) para ((desabilitado)) pessoas autistas deficientes 81
D6. A ideia de que talvez algumas explicações de pessoas autistas possam ser relevantes e úteis (mas não são considerados o suficiente) 82
D7. Possíveis soluções para este exemplo 83
2.2. Nosso documento explicativo em PDF
2.2.1. Em inglês
2.2.2. Em francês
2.3. Tente resumir nosso documento usando o ChatGPT
2.3.1. “Autismo”
A primeira parte da carta apresenta uma visão abrangente do autismo, visando diferenciar entre as características inerentes ao autismo e a caracterização defeiológica muitas vezes imposta por perspectivas não-autistas.
1.1 Nossa descrição factual “Autismo”
1.1.1 “Característica essencial” do autismo: O autismo é retratado como uma diferença humana natural presente desde o nascimento, semelhante a outras características genéticas, como albinismo, ou características físicas, como altura;. Ressalta-se que o autismo é genético e hereditário.
1.1.2 “Mental, características sensoriais e comportamentais” do autismo:
-
- Desinteresse pelas interações sociais e normas sociais convencionais, o que pode dificultar a comunicação e a compreensão das pistas sociais.
- Interesses e foco não convencionais, além de um desrespeito aos julgamentos sociais.
- Tendência a perceber e se incomodar com anomalias ou erros, juntamente com uma necessidade de precisão e ordem.
- Sensibilidade a distúrbios sensoriais e preferência por confiabilidade e verdade.
- Perceptividade em relação a tendências gerais ou estruturas subjacentes das coisas, apesar de se desviar das normas sociais.
1.1.3 “Característica de autoproteção” de Autismo: O autismo é descrito como tendo uma resistência autoprotetora, Denominado “rigidez”, que preserva ou mesmo potencializa as características supracitadas.
1.2 “Defectológico” caracterização do autismo
Explica como o autismo é percebido negativamente dentro das normas sociais, levando à sua caracterização como um transtorno a partir de uma perspectiva não-autista.
1.3 Conclusão essencial
Enfatiza a distinção entre ser caracterizado por certos traços e ser definido por eles, afirmando que o autismo é caracterizado por certas dificuldades, mas não é inerentemente definido por elas;.
Geral, O autismo é descrito como uma variação natural na diversidade humana, com seu próprio conjunto de características que podem se desviar das normas sociais, mas não são inerentemente negativas ou patológicas.
2.3.2. “Transtornos do Autismo”
2.3.4. Nossa distinção fundamental entre “Autismo” e “Transtornos do espectro do autismo”
4.1. Definição de Distinção
Esclarece a diferença entre “Autismo” e “os Transtornos que a caracterizam,” enfatizando sua importância fundamental.
4.2. Importância da distinção
-
- 4.2.1. Veracidade: A distinção é essencial porque a confusão atual é imprecisa.
- 4.2.2. Clareza semântica: Igualando “Um” com “os problemas de A” é um absurdo, Semelhante a dizer “bicicleta” (ou “ciclismo”) é o mesmo que “os benefícios do ciclismo.”
- 4.2.3. Variabilidade na Apresentação: Às vezes “autismo” não pode ser acompanhado por “distúrbios,” especialmente em casos leves e ambientes de suporte.
- 4.2.4. Reconhecimento das Qualidades Autistas: A confusão atual ignora os pontos fortes e os prodígios autistas, Perpetuando uma visão negativa do autismo.
- 4.2.5. Dignidade e Autoestima: Reduzir “autismo” exclusivamente para “distúrbios” desvaloriza os autistas, contribuindo para a baixa autoestima e até mesmo para o suicídio.
- 4.2.6. Aprendizagem e Adaptação: A confusão atual atrapalha os autistas’ adaptação à sociedade, rotulando-os como fundamentalmente deficientes.
- 4.2.7. Estigmatização e preconceito: Interpretar erroneamente o autismo como um transtorno leva à rejeição da sociedade, discriminação, e até eugenia.
- 4.2.8. Acessibilidade: Compreender corretamente o autismo é essencial para a criação de ambientes e políticas acessíveis para os indivíduos autistas.
- 4.2.9. Resolução de Conflitos: A confusão leva a conflitos entre aqueles que veem o autismo como um defeito e aqueles que abraçam sua natureza autista.
- 4.2.10. Pesquisa e Compreensão: Distinguindo entre “Autismo” e “Transtornos do espectro do autismo” é vital para pesquisa e compreensão precisas.
- 4.2.11. E mais: Várias outras razões sustentam a importância desta distinção, embora nem todos possam estar explicitamente listados.
2.3.5. A negativa/defectológica e “crítico” natureza das definições da OMS de “Autismo” e “Transtornos do espectro do autismo”
5.1. Relativo “autismo/transtornos” (confuso) no “descrição geral”
Este capítulo mostra as palavras no texto da OMS que são ” defectológico “.
A linguagem utilizada nos textos da OMS tende a transmitir uma perspectiva negativa, sugerindo que aqueles que não se encaixam nas normas sociais são inerentemente falhos.
Há uma crítica ao uso da palavra “Atteint(e)(s)” no texto francês, o que contribui para uma impressão negativa.
Embora a versão em inglês seja menos problemática, Ainda há problemas com terminologias como “risco de autismo” e equiparar TEA ao autismo.
5.2. Relativo “distúrbios” no “descrição técnica”
Este capítulo mostra as palavras no texto da OMS que são ” defectológico “.
2.3.6. Outras questões importantes no site da OMS relativas “Autismo” e “Transtornos do espectro do autismo”
2.3.7. Detalhes adicionais sobre “comorbidades”, “incapacidade” e “Sofrimento”
Esta seção fornece informações adicionais sobre “comorbidades,” “incapacidade,” e “Sofrimento” relacionado ao autismo, enfatizando que esses aspectos não são essenciais para a compreensão da necessidade da Distinção Fundamental delineada nas seções anteriores.
7.1 Comorbidades
-
- Problemas como depressão são erroneamente atribuídos apenas ao autismo, mas afetam indivíduos autistas que foram socializados. Esses problemas devem ser abordados sem confundi-los com o próprio autismo.
7.2 O “deficiência” associado a estes “distúrbios”
-
- A desvantagem decorre de barreiras sociais, falta de medidas de acessibilidade, Serviços de Assistência Social, e compreensão do autismo e do não-autismo pelas famílias e pelo ambiente social mais amplo.
7.3 O “sofrimentos de pessoas autistas”:
-
- Os indivíduos autistas sofrem principalmente as consequências da falta de consideração adequada do autismo e não do autismo em si.
Geral, O texto enfatiza a necessidade de uma compreensão matizada do autismo e dos desafios enfrentados pelos indivíduos autistas para além da condição em si.
2.3.8. A nossa abordagem positiva e realista “Autismo”
8.1. Entendendo a natureza do autismo
O texto discute a distinção entre autismo e transtornos autísticos,’ sugerindo que o autismo representa uma forma de autoproteção ou resistência, preservar a harmonia natural dentro dos indivíduos ou mesmo dentro da espécie humana.
8.2. Qualidades do Autismo
Reconhece o desafio em descrever as qualidades do autismo devido à sua complexidade. Contudo, sugere que as características descritas anteriormente no texto se assemelham a pontos ou qualidades positivas.
8.3. Benefícios para a Sociedade
O texto defende os benefícios de reconhecer e abraçar as qualidades do autismo para a sociedade. Enfatiza a importância de corrigir a confusão social sobre o autismo e a necessidade de adaptações sociais para reduzir danos e promover o bem-estar de todos os indivíduos, incluindo pessoas autistas. O texto incentiva a compreensão do autismo para além das manifestações negativas e vê os indivíduos autistas como contribuintes valiosos para a melhoria da sociedade.
2.3.9. Informações adicionais: “As necessidades das pessoas autistas”
9.1. Harmonia em Geral
-
- 9.1.1. Indivíduos autistas requerem aceitação, inclusão, e equidade em todos os ambientes, devido aos seus direitos e à necessidade de integração social para reduzir o sofrimento e promover a autoestima.
- 9.1.2. Indivíduos autistas não devem enfrentar restrições específicas além daquelas aplicadas a outros, especialmente evitando a superproteção dentro da dinâmica familiar.
- 9.1.3. A consistência e a coerência nas regras e sua aplicação são cruciais em ambientes educacionais e sociais para acomodar as preferências cognitivas dos indivíduos autistas por harmonia e justiça.
9.2. Proteção contra “Perturbações”
Diversos distúrbios sociogerados:, incluindo perturbações sensoriais e mentais, representam desafios significativos para os indivíduos autistas, necessidade de reconhecimento e ação da sociedade para mitigar esses impactos.
9.3. Segurança Física e Liberdade
Garantir a segurança física e a liberdade dos autistas é essencial para facilitar experiências de vida e descobertas únicas, exigindo ferramentas como sistemas de rastreamento GPS confiáveis quando apropriado.
9.4. Respeito ao Autista
Enfatiza o enriquecimento trazido pelos indivíduos autistas para a biodiversidade humana, exortar a sociedade a abraçar o autismo em vez de erradicá-lo por meio de medidas focadas na harmonia e correções de erros sociais.
9.5. Aprendendo sobre “Não-Autismo” e Autismo
Salienta a importância de compreender tanto o não-autismo como o autismo para navegar eficazmente nos sistemas sociais, preservando a autoestima, valorizando as qualidades do autismo.
9.6. Proteção contra armadilhas da autoestima
Reconhece os perigos dos problemas de autoestima decorrentes dos julgamentos da sociedade e enfatiza a necessidade de proteger os indivíduos autistas dessa armadilha, ao mesmo tempo em que fornece educação sobre seus mecanismos.
9.7. Experiências e Aventuras
Defende a capacitação de autistas para buscar experiências, aventuras, e viagens para facilitar o aprendizado e o crescimento pessoal, alinhamento com os princípios de aceitação e acomodação.
9.8. Realização Pessoal e o Direito à Felicidade’
Destaca a necessidade de abordagens holísticas para atender às necessidades dos indivíduos autistas, enfatizando que isso é incompatível com perspectivas reducionistas que focalizam apenas os transtornos.
Geral, O texto ressalta a importância de compreender e acomodar as diversas necessidades e preferências dos indivíduos autistas dentro das estruturas sociais para promover a inclusão, equidade, e realização pessoal.
2.3.10. Uma questão de “Quadros de referência” (ou paradigmas) – Conclusão
10.1. Natural vs. Quadros de Referência Artificiais
O documento contrasta dois quadros de referência: o “moldura natural” caracterizado pela harmonia e coerência, aos quais os autistas se adaptam naturalmente, e o “moldura artificial” marcados pela desarmonia e incoerência, Desafios para os autistas.
10.2. Conclusão
Compreender a natureza subjetiva dos transtornos do autismo e reconhecer as qualidades do autismo é crucial. Acabar com a confusão entre autismo e transtornos é essencial para valorizar os indivíduos autistas’ contribuições e evitar sofrimento desnecessário.
10.3. Em poucas palavras
Aceitar o autismo como uma variação natural e não como um defeito permite uma melhor adaptação e uma vida digna. Contudo, As percepções da sociedade devem mudar para facilitar essa compreensão e proporcionar condições justas para os indivíduos autistas.
10.4. Em uma frase
“Não é medida de saúde ser (poço) ajustado a uma sociedade profundamente doente.”
– Jiddu Krishnamurti
Geral, A conclusão enfatiza a importância de redefinir as percepções sobre o autismo para promover a aceitação, entendimento, e tratamento equitativo para autistas.
A conclusão do documento destaca o contraste gritante entre o “natural” e “artificial” Quadros de referência sobre o autismo.
Ele afirma que os indivíduos autistas naturalmente se alinham com um harmonioso, existência verdadeira, considerando que as construções sociais muitas vezes impõem desarmonia e falsidades;.
Reconhecendo as qualidades intrínsecas do autismo e distinguindo-as dos transtornos percebidos, A sociedade pode apreciar melhor as contribuições únicas dos indivíduos autistas e aliviar o sofrimento desnecessário.
A conclusão pede uma mudança fundamental na percepção da sociedade para fornecer condições equitativas para os indivíduos autistas, enfatizando a necessidade do envolvimento da Organização Mundial da Saúde na abordagem e correção da incompreensão generalizada do autismo.
Finalmente, A conclusão defende uma mudança de paradigma em direção à aceitação, entendimento, e justiça para os indivíduos autistas dentro da sociedade.
2.3.Um. Apêndice A: e-mail da Alliance Autiste (França)
O Apêndice A é um e-mail da Alliance Autiste (França) endereçado a Michelle Funk e Nathalie Drew Bold, do Departamento de Saúde Mental e Abuso de Substâncias da Organização Mundial da Saúde. Datado de Junho 1, 2023, destaca duas questões críticas em relação às designações e abordagens da OMS para o autismo.
A.1. Erro de “pessoa com”
O e-mail aponta o uso inadequado de “pessoas com autismo” em vez de “Autistas”, enfatizando que o autismo faz parte de sua natureza e identidade, não algo que eles carregam ou vestem. Também critica a tradução francesa “pessoas com autismo” (“pessoas afetadas pelo autismo”) como enganosa e estigmatizante.
A.2. Confusão entre “autismo” e “distúrbios”
O e-mail observa uma confusão persistente entre “autismo” e “transtornos autistas” em materiais da OMS, o que prejudica a compreensão e perpetua o estigma. Argumenta-se que o autismo e seus transtornos associados são correlacionados, mas distintos, exortando a OMS a corrigir este equívoco.
O e-mail conclui solicitando esclarecimentos sobre os planos da OMS para abordar essas questões e oferece expertise e consulta de especialistas em autismo. Ele enfatiza a importância de uma terminologia precisa para o bem-estar dos indivíduos autistas globalmente.
2.3.B. Apêndice B: Página da Aliança Autista (França) no “Distinção Fundamental do Autismo”
O Apêndice B resume o conteúdo de uma página web da Alliance Autiste (França) Intitulado “Distinção Fundamental do Autismo.” O documento enfatiza a importância de distinguir entre autismo e transtornos autistas. Aqui estão os pontos-chave:
B.1. O autismo como característica natural do ser humano
O autismo é retratado como uma característica biológica natural do ser humano, semelhante ao albinismo, e faz parte da biodiversidade humana. Ressalta a necessidade de proteger e desenvolver as qualidades associadas ao autismo.
B.2. Diferenciando o Autismo dos Transtornos Autísticos
O documento enfatiza a distinção entre o autismo em si e as dificuldades e transtornos específicos associados a ele. Essas dificuldades são categorizadas em distúrbios subjetivos e problemas relacionados a impedimentos, enfatizando que elas não são inerentes ao autismo, mas surgem de fatores sociogerados;.
B.3. Deficiências Decorrentes de Ambiente Não Autista
As deficiências autistas são atribuídas a dificuldades e transtornos decorrentes de fatores sociais e não do autismo em si. Argumenta que o autismo não é a causa direta das deficiências, mas sim o fracasso da sociedade em acomodar o autismo adequadamente.
B.4 Esclarecendo equívocos sobre autismo e deficiências
O documento desafia a noção de que o autismo é uma deficiência em si, enfatizando que muitas vezes leva a desvantagens devido a barreiras sociais. Exige uma melhor compreensão do autismo e a redução das deficiências que afetam os indivíduos autistas.
B.5. Analogia com canhotos
O texto conclui com uma analogia comparando o autismo com a canhota, destacando que ser autista não é uma deficiência, mas uma forma diferente de funcionamento que requer aceitação e acomodação da sociedade;.
Geral, O apêndice defende o reconhecimento e o respeito às características distintas do autismo e a abordagem de equívocos sociais que contribuem para a marginalização dos indivíduos autistas.
2.3.C. apêndice C: Carta “Para a Organização Mundial da Saúde, e por uma Organização Mundial mais Saudável (OMS / COMO)” de 9 de outubro, 2015
A carta “À Organização Mundial da Saúde e por uma Organização Mundial Mais Saudável (OMS / COMO)” datado de 9 de outubro, 2015, expressa os pensamentos pessoais de Eric L. sobre a dignidade em saúde mental. A carta aborda vários pontos-chave:
C.1. O Direito de Nascer
Érico L. defende o direito à vida para indivíduos com diferenças neurológicas, como autismo e síndrome de Down, destacando preocupações sobre a tendência à eugenia e ao aborto seletivo baseado na deficiência. Ele argumenta contra a interferência no ciclo natural da vida e enfatiza o valor da existência de cada indivíduo.
C.2. O Direito de Viver Onde e Como Queremos
Ele pede a desinstitucionalização e a inclusão de indivíduos com diferenças mentais na sociedade como cidadãos plenos, enfatizando a importância da liberdade e da igualdade de direitos para todos.
C.3. Evitando a estigmatização e o diagnóstico errado
Érico L. argumenta contra rotular as pessoas como “doente” ou “louco” simplesmente porque são diferentes, enfatizando a necessidade de compreensão e aceitação em vez de tentativas de “correto” ou “curar” eles baseados em equívocos.
C.4. Cura de doenças reais, Não são diferenças
Ele enfatiza a importância de distinguir entre transtornos mentais genuínos e diferenças de pensamento ou comportamento, defendendo a compreensão compassiva e a acomodação, em vez de tentar normalizar indivíduos que são inerentemente diferentes.
C.5. Abordando as causas básicas
Érico L. apela à abordagem das causas subjacentes aos problemas societais, como mentiras, Ilusões, posse, e obsessões de poder, em vez de tentar curar ou erradicar as vítimas desses problemas. Ele enfatiza a necessidade de uma compreensão mais profunda das questões de saúde mental e uma mudança para abordar construtos sociais que contribuem para o sofrimento mental.
Geral, A carta defende maior respeito, entendimento, e aceitação de indivíduos com diferenças neurológicas, desafiando as normas sociais e pedindo uma abordagem mais compassiva e inclusiva para a saúde mental.
2.3.D. Um exemplo de “conjunção” de distúrbios sensoriais e mentais gerados por causas sociais, viveu muito recentemente
3. Reunião
(Uma reunião remota está planejada para novembro (ou dezembro) 2023)
O encontro com a Sra. Chiara Servili aconteceu no dia 13 de dezembro às 22h CET, e durou 1 hora e 20 min.
3.1. Transcrição completa da nossa reunião
CS = Chiara Servili (OMS, Organização Mundial da Saúde)
EL = Érico L. (Organização Diplomática do Autistão)
0. (saudações e ajustes técnicos)
1. EL: Muito obrigado por aceitarem este encontro. Penso que nos encontrámos em 2014 e 2015, em outubro,
[CS: Sim]
foi há muito tempo, e desde então, Estou tentando continuar a fazer o que posso sobre o autismo, para o autismo, pela causa, e meus pensamentos evoluíram, são mais precisos (talvez), e agora a situação é que eu acho que há realmente um grande problema com o que eu chamo de confusão entre “autismo” e o que eles chamam de “Os transtornos do autismo”.
2. CS: Sim, Li seu documento. Posso fazer-lhe algumas perguntas ?
[EL: É claro]
Sim, porque eu acho, como você estava dizendo, este é um campo em evolução, Houve uma rápida evolução no pensamento e na percepção em nossa maneira de entender ou conceituar os transtornos do espectro autista.
E por isso a terminologia é um problema, para ser honesto, porque de um lado nós como OMS nos referimos à classificação da CID-11, E aí é claro que temos essa categoria de transtornos do neurodesenvolvimento, e sob isso temos os transtornos do espectro autista, Então é enquadrado como um transtorno e isso já está criando algum problema para a gente porque até [para] “transtornos mentais”, atualmente, a terminologia está sendo criticada, Então [nós] OMS, por exemplo, no campo mais amplo da saúde mental, estamos evitando falar sobre transtornos, estamos usando a saúde mental “Condições”, apenas por causa da conotação negativa dos transtornos em si.
Mas sim, para o autismo é difícil também se afastar “transtornos do espectro autista”, não há outra terminologia alternativa que tenha sido proposta para definir a condição em alinhamento com a CID-11.
3. CS: Então, esse é um aspecto, então de um lado temos esse legado da CID-11, a que nos referimos, e na outra ponta, Vejo o valor da perspectiva da neurodiversidade, e eu, ao ler seu documento, acho que você não está usando “neurodiversidade” na sua escrita e eu estava me perguntando como você acha, qual é a sua percepção sobre isso, porque no início, na introdução eu acho que, a maneira como você se refere à diversidade na palavra biológica… Minorias…
[EL: “biodiversidade humana”]
…Sim, então você se refere a esse conceito, e, em certa medida, a conceituação do autismo desafiando a perspectiva sobre déficits e dificuldades é semelhante ao ponto levantado pelo movimento da neurodiversidade, e o aspecto social que você também está destacando, como central em termos de adaptação do meio social versus [risadas / sorridente] O fato [A ideia] que o “autismo é o problema” e precisa ser mudado, Quero dizer que os sintomas estão criando um desajustado com o ambiente, então isso é parecido também, então eu me pergunto o que você pensa sobre o movimento da neurodiversidade.
4. EL: Tudo isso é difícil e você falou sobre os assuntos realmente muito difíceis, mas temos que tentar nos entender, e para mim não é muito claro, mas para tentar te responder, Não sou contra a neurodiversidade [abordagem], Eu não uso esse termo : por que ? Há uma razão pela qual eu não o uso : porque eu acho que o autismo não é só sobre coisas neurológicas.
Obviamente está ativando, por assim dizer, o sistema neurológico, por causa do que eu chamo de “distúrbios”, (en français, Les “Atteintes”), Então é neurológico porque a gente “receber” o que eu chamo de perturbação, Então esse é o externo, coisas sensoriais, e também no cérebro, é claro que é neurológico também, (você sabe disso melhor do que eu), Então tem muito a ver com a neurologia, claro, mas na minha opinião é apenas um aspecto, Quero dizer que a neurologia é apenas um mecanismo intermediário entre o nosso verdadeiro eu, Nosso verdadeiro nós mesmos, e o resto do mundo : é apenas uma ferramenta…
Então eu não sou contra a neurodiversidade [abordagem] mas eu sempre tive um probleminha porque reduz o autismo a uma coisa neurológica : por que ?…
Não sei se está muito claro o que tento explicar…
5. EL: E há também outro problema com o neuro… como dizer… Eu gosto disso, mas os movimentos, as comunidades e todas essas coisas, eles têm uma tendência a ver apenas um lado, “preto ou branco”, por assim dizer, e, claro, as pessoas que são ativistas do movimento da neurodiversidade, eles não estão no que chamamos de “Grave” Autistas, que são deficientes profundos…
Assim, eles veem a realidade com seus próprios olhos e têm menos desafios, por isso, tendem a perceber menos a dificuldade dos desafios da maioria dos autistas., Acho que algo como talvez 90%, eles nem poderiam participar de um movimento desses porque não entendem isso…
E também na França, por exemplo, Os autistas severamente desafiados, não vemos muitos deles nas ruas, por exemplo, nas lojas ou em [etc.]…
Aqui no Brasil, podemos vê-los, eles são gratuitos, mas na França não os vemos, então realmente não os vemos… Nós, A Luz / os autistas leves… me, no passado, Eu realmente não percebi o quanto isso é um problema, há realmente um problema, não podemos dizer “oh é apenas uma diferença e não há problema”.
Então, quando digo isso, quando eu digo “oh é apenas uma diferença”, Aqui é muito importante entender a diferença entre autismo e os problemas [ou “distúrbios”].
Não estou negando os problemas : Claro que há problemas e é por isso que o movimento da neurodiversidade, incomodam muito as famílias quando têm essa abordagem tendendo a minimizar as dificuldades, porque as famílias que estão vivendo às vezes pesadelos 24 horas por dia, então é realmente insultante para eles, por isso, temos de ser honestos…
6. EL: Então, de qualquer forma, para mim é muito óbvio que o autismo é algo, é autismo, é uma diferença natural, como eu disse, como o fato de ser albino (Então, albinismo) e tais coisas, e na minha opinião, autismo em si, em si mesmo, não é realmente um problema.
E os transtornos, As dificuldades, como tentei explicar no meu documento, há as dificuldades ou os distúrbios que são apenas uma questão de ponto de vista, por exemplo, O melhor exemplo é a incapacidade de mentir, que é, do ponto de vista social, um problema, um transtorno, um déficit, um defeito e assim por diante, mas de outro ponto de vista (o ponto de vista de “a vida como deve ser”), é bom, é uma qualidade muito boa !
Então são o que eu chamo de transtornos subjetivos ou coisas assim, e há também os objetivos que são problemas realmente grandes : se uma criança ou um adulto é incapaz de comer corretamente ou está fazendo xixi na rua e assim por diante, isso é realmente um problema, não devemos dizer que não há problema.
Então… Em outras palavras:, Poderíamos dizer que o autismo é uma diferença humana com qualidades e defeitos.
Há as qualidades. Há qualidades muito importantes… é verdade…
7. EL: E ainda por cima, quando vemos principalmente os defeitos de uma pessoa autista (principalmente porque ele ou ela não está no ambiente correto – ambiente social ou sociogerado), suas qualidades autistas estão completamente bloqueadas por dentro, e é quase impossível evoluir, para desenvolver essas coisas.
8. EL: E há também outra coisa. Penso também que as pessoas não devem ser obrigadas a ser génios, a ter qualidades especiais e a fazer coisas incríveis etc., ter o direito de viver em uma vida digna, isso é muito importante…
Então eu não sei se eu respondi exatamente a sua pergunta, mas estamos tentando…
9. CS: Sim… Sim, O que realmente ressoa em mim é esse reconhecimento da heterogeneidade, a variabilidade no… Quando falamos em autismo… indivíduos podem ter desafios muito graves, e pode ter leves… ou pode ter… pode realmente ter alguns… Sim, algumas diferenças na forma de interagir, comunicação, mas isso não cria um prejuízo.
Então existe esse extremo de variabilidade no que a gente se refere quando a gente fala de autismo, e… Eu poderia concordar totalmente com você que, enquanto eu acho o conceito sobre neurodiversidade muito bom (Gosto muito), Também fui confrontada com a perspectiva dos cuidadores e eles estão absolutamente preocupados e com medo de que a OMS vá no caminho de falar sobre neurodiversidade e se afaste da linguagem da CID-11 porque eles têm medo de perder o direito a ter serviços e, particularmente, em ????? países onde os governos precisam fazer escolhas.
Eles estão preocupados com as crianças que são, por exemplo, minimamente verbais (eles não são capazes de se comunicar, têm problemas comportamentais graves, por exemplo, lesões autoprovocadas), que o… Eu quero dizer… As famílias estão realmente preocupadas em não receber o apoio do governo em termos dos serviços que eles acham que poderiam ser úteis para seus filhos…
10. CS: Então, há essa perspectiva diferente, e eu acho que você está reconhecendo os diferentes elementos de… Sim, há uma diversidade, e o autismo pode ser conceituado como um… natural… variação… de certos fenótipos ou de certas características, de nós como ser humano, mas também reconhecendo que algumas das pessoas com transtornos do espectro autista têm deficiências graves que criam dificuldades em sua vida e até mesmo em seu bem-estar.
11. CS: Wchapéu não é menos claro para mim, É por que…
Então, Quero esclarecer primeiro o “ficha técnica”.
A ficha técnica foi escrita apenas com “transtornos do espectro autista”. Era uma ficha técnica sobre o transtorno do espectro autista.
A equipe de comunicação percebeu que falar sobre o transtorno do espectro autista não era bom em uma ficha técnica porque a ficha técnica não é um documento técnico, é suposto ser um documento no site para o público leigo [ou seja. público não profissional], assim para o povo, não por não ser um documento técnico.
Então eles estavam argumentando contra o uso “transtorno do espectro autista” e eles disseram “precisamos usar o autismo, esta é a palavra que o povo usa”, e assim basicamente foi mudado, Era uma ficha técnica sobre o transtorno do espectro autista, tornou-se uma ficha técnica onde o autismo foi usado, e tento explicar o início que…
[EL: Esse é o grande problema.]
Sim, eu entendo, então só para deixar que a ficha técnica foi escrita com “transtornos do espectro autista” em vez de “autismo”.
Então eu posso entender o seu ponto. Acho que o que a nossa equipe de comunicação tem tentado fazer é algo parecido com o que tem sido feito para a área de saúde mental.
Como expressão do reconhecimento da preocupação do público em usar algumas palavras, alguma terminologia que tem uma conotação negativa, temos nos afastado do uso “distúrbios”.
Então, em vez de dizer “transtornos mentais”, [nós dizemos] “condição de saúde mental”.
Portanto, havia uma intenção de ir nessa direção aqui com esta ficha técnica e evitar [Para] usar “distúrbios”, porque há um monte de…
12. EL: Entendo… Quando você remove… Normalmente é “transtornos do espectro autista” : se você apenas escrever “autismo” então você chuta para longe “distúrbios”,
[CS: Exatamente]
por isso parece bom, parece bom para o público em geral, e para sua equipe…
Mas, na verdade, do meu ponto de vista, é um grande problema…
Deixe-me dizer-lhe, é realmente um grande problema, porque cada vez que tentamos na França com a Alliance Autiste, quando tentamos explicar à Délégation Interministérielle [sobre o autismo] e os CRAs [Centros de Recursos Autisme], quando tentamos dizer-lhes que suas páginas da web estão erradas, porque… em todas as páginas da França sobre autismo, quase sempre a primeira frase que você pode ler, É “autismo é transtorno do espectro autista”, é a mesma coisa.
Ou [podemos ler] “também é chamado de” : “O autismo também é chamado de transtornos do espectro autista”.
Do meu ponto de vista…
Não sei se você teve a possibilidade de ler realmente tudo porque meu texto era muito longo, mas se você conseguir ler tudo, Então você deve realmente entender que é realmente um grande problema se você confundir o autismo (uma variante ou variação humana como você disse) e os problemas que o acompanham.
É um problema muito grande…
13. CS: Posso perguntar-lhe algo…
[EL: Certo]
Por exemplo, se tomarmos miopia… A miopia pode ser conceituada como uma variação humana, certo ?
Quantos de nós temos óculos porque estamos tendo miopia…
Mas também é um transtorno… Então, o fato de que é uma maneira diferente de ver, desta forma, certo, não impede que seja uma condição médica…
E não precisa ser estigmatizado, não deve ser visto como um défice, de certa forma, certo, é uma maneira diferente de ver tudo bem, mas cria um problema para mim porque eu quero dirigir um carro e não sou capaz de fazê-lo, então o fato é que é… reconhecendo que a dificuldade… Não vejo como problema o fato de o autismo, a meu ver, reconhecendo que se trata de um… Eu entendo totalmente e concordo totalmente que há uma continuidade na expressão de nossas maneiras de interagir e ser capaz de se comunicar e ter interesse especial e assim por diante, há uma variabilidade na população em geral e não é pontual, há realmente uma variabilidade que podemos conceituar como um continuum, e a certa altura penso que há uma definição, Ok, isso é autismo… mas é um pouco complexo… mas o que eu acho é… na ausência de um marcador claro para definir o que é Transtorno do Espectro Autista, estamos nos baseando em uma descrição dos sintomas, e o mais importante para mim, estamos confiando na deficiência… Então, o fato de que há muitas pessoas que têm algumas características específicas (Eu sou muito ruim com orientação no espaço, eu sou muito horrível com isso: Este é um traço especial da maneira como meu cérebro funciona, Ok, não há uma condição para chamar isso, mas pode haver, e eu poderia ter essa condição, mas isso não me impede de pensar que isso é uma variabilidade no caminho de… é uma variabilidade humana, uma variabilidade neste traço e competência específicos… então eu não… Há certas condições que são pontuais, há outras condições que são… realmente uma forma de reconhecer isso em alguns casos, Ter algumas características específicas pode levar a certas dificuldades, e quando é esse o caso, quando há dificuldade e comprometimento, Então precisamos colocar um nome que não deve ser estigmatizante e não deve… deve ser apenas um rótulo para dizer [que o] Essa pessoa tem o direito de receber algum apoio específico, e isso não nos impede de dizer, dado que, o ambiente precisa se ajustar para ser adequado para todos… então não é “ou ou”, Vejo o componente ambiental das ações como complementar à prestação de apoio e cuidado.
14. EL: Não tenho muita certeza de que… Conseguimos… que eu consegui realmente fazer entender como eu vejo realmente de uma diferença completa… distinção… diferença entre autismo e transtornos de autismo, mas vamos tentar continuar…
[CS: Sim]
Olhar, Vou te contar algumas coisas. Por exemplo, mesmo nos grupos (Whatsapp, e assim por diante) com autistas, mesmo em todo o mundo, às vezes eu faço essa pergunta só para pessoas autistas, mas são autistas que usam o WhatsApp, Então, é claro que sabemos que eles já têm um nível bastante alto…
[CS: Certo]
… E quando eu pergunto “Você vê diferença entre autismo e transtornos do autismo??”, quase todos contam “Não, é a mesma coisa”…
Mas na minha opinião é só porque eles são condicionados, dizem-lhes isto e repetem-no. E felizmente encontrei duas ou três pessoas em… Não me lembro quais países… que me disse “Eu entendo o que você quer dizer”…
Mas é difícil… mesmo com todo o meu texto… Desculpa, Eu acho que eu realmente não consegui, mas vamos tentar…
15. EL: Olhar, como dizer… Você conhece o conceito de Terra Plana… no passado… as pessoas deveriam acreditar que a Terra era plana;, o que não está certo, mas vamos imaginar, e quando você mora no… – Desculpa, Eu não quero ofendê-lo, não há nada parecido – mas quando você imagina que a Terra é plana e você nunca teve nenhum ponto de vista para perceber que não é verdade, não há problema… neste sistema, Neste paradigma não há problema.
Mas uma vez que você entenda que, na verdade, não, a Terra é uma esfera (Mais ou menos), então é tão óbvio, é absolutamente óbvio… É óbvio, mas é difícil explicar para as pessoas que não tinham essa visão remota.
Então agora vamos tentar explicar outra coisa.
16. CS: Você pode me lembrar a definição de autismo? Estou apenas voltando ao documento… mas quando você define autismo, como você define isso?
17. EL: Bem, eu não… Não sei se o defini…
No início, Fiz uma lista de características…
Porque é muito difícil definir autismo…
Poço… honestamente, Eu tenho minha própria opinião sobre o autismo, e provavelmente eu escrevi isso no documento… mas quando eu digo isso, em geral as pessoas não gostam, porque parece… “Muito”…
*Minha opinião sobre o autismo é que ele é uma autoproteção da harmonia natural.
E é claro que é realmente chocante para a maioria das pessoas quando você diz isso, mas estou realmente convencido disso, mesmo, quando… Na verdade, quando você vê que as pessoas autistas às vezes eles [fazendo como gestos loucos] são assim, ou comem-se a si mesmos e assim por diante, parece completamente em total contradição com o que digo…
Mas quando você pensa mais, de fato, é totalmente lógico;, porque se as pessoas são muito… seu sistema é muito puro e harmonioso e assim por diante, e claro e tudo, claro que quando há uma coisinha (que isso não é prejudicial para pessoas não autistas), para eles está ressoando, você vê, é muito difícil… E assim… para mim, é algo difícil de explicar e provar, mas eu posso observar isso, Eu quero dizer, Posso confirmar isso com quase todas as coisas que vi desde oito anos: toda vez que analiso situações de pessoas autistas (incluindo a minha situação), Eu sempre posso confirmar isso.
Então, É claro, os contraditórios podem dizer que estou em autopersuasão… é possível… mas eu tenho provas… de muitas coisas…
E eu quero te dizer outra coisa…
(Desculpa: sobre minha própria definição de autismo, é ou auto-proteção da harmonia natural, ou autoproteção da Naturalidade harmoniosa… talvez melhor o segundo.
Então, isso, quando digo isso, parece algo bastante filosófico ou não sei, mas é a essência dos meus pensamentos e das minhas observações.)
18. EL: E agora outra coisa: você diz isso no autismo, ou nos transtornos autísticos, é difícil encontrar um marcador, e para encontrar um ponto onde você pode dizer “Ah, agora (aqui) há autismo… e sob este (ponto) não há autismo”: Está correto… mas para mim não é um problema porque… (você vê minhas duas mãos [na tela]), para mim são duas coisas muito diferentes… eles andam juntos, como minhas duas mãos elas andam juntas, Mas são duas mãos diferentes… Então, para mim o autismo é…
Por exemplo, a cor da pele… Eu sou muito branca e aqui no Brasil existem tantas cores diferentes (Perguntaram ao povo, Eles fizeram uma pesquisa e pediram que definissem suas próprias cores e eles tiveram 400 respostas para dizer suas próprias cores, mas vamos fechar o colchete), por isso a cor… há de muito branco nos países do norte, a muito negro em alguns países africanos, é como, por exemplo, para a homossexualidade e tantas coisas…
Então, para o autismo é a mesma coisa… Então, isso é autismo (Eu digo *autismo*), Então pode haver autismo muito leve e autismo muito forte, mas os transtornos e desafios que o acompanham, logicamente eles andam juntos: se você tem autismo muito leve (como eu), você não tem muitos desafios, Não tenho muito, mas vou contar depois, depois, e assim por diante, se você tem natureza autista muito forte, Então, é claro que você tem muitas dificuldades e desafios porque você é autista, mas também porque o ambiente principalmente social e sociogerado não é projetado para aceitar isso…
E quando você diz…
(Bainha…o barulho… quando você diz…
[Há um barulho de distração no escritório de Chiara Servili e ela pede a alguém para pará-lo.]
[CS: Desculpa, Me distraí… Sim]
19. EL: Quando você diz apenas… (une parenthèse) [um colchete] sobre o ruído… as pessoas não vão longe o suficiente em suas análises sobre o autismo: por exemplo, eles dizem “Ah, Os autistas, eles não suportam as luzes brilhantes ou os ruídos fortes e assim por diante: na minha opinião não é isso…
O que tentei explicar também no documento é que… O que está nos perturbando não é necessariamente o fato de que é brilhante ou que é forte, é porque é *perturbador* a *coerência*, a *harmonia*: não deveria estar aqui (o barulho ou o cheiro e assim por diante)…
Esta é a minha teoria, mas eu vejo, Eu vejo isso toda vez em todos os lugares.
Sobre os desafios, por exemplo, no meu caso, meu autismo é muito leve, mas eu sou autista o suficiente para entender tantas coisas sobre autismo… (…)
Então… Sou autista leve, mas quando tenho dificuldades… na verdade eu tenho grandes dificuldades, mas é sutil… está nos relacionamentos… por exemplo, com a Administração francesa, é um pesadelo, um pesadelo total, mas pouquíssimas pessoas conseguem entender…
Ou aqui no Brasil, dado que eu organizo minha própria vida… seria muito longo para explicar, mas eu arranjei o que está ao meu redor, e eu moro onde eu quero, e as pessoas aqui são muito gentis, e é muito amigável para as pessoas autistas, pelo menos aqui em Copacabana, então eu quase nunca tenho nenhum problema…
Às vezes com vizinhos… às vezes os cães… mas recentemente, Tive um problema em uma loja, e foi como uma avalanche, de repente, por causa do ar condicionado que estava muito frio, e um cliente passando antes de mim na fila de espera, e, no final, alguém me tocou – nas costas – e isso é algo realmente horrível para mim…
E eu comecei a explodir e a gritar e a… foi muito grande…
Depois disso, quando voltei para casa fiquei um pouco envergonhada porque era demais, e eu sei que eles não conseguem entender…
Mas só para te dizer que mesmo quando você é um autista muito leve e quando você é muito “capaz”, Quero viajar e fazer tantas coisas, você ainda pode ter desafios, mas é claro que admito que não é tanto quanto algumas crianças ou adultos autistas que eu vi, que objetivamente não são autônomos.
20. EL: Mas a questão é que… por exemplo, quando você disse sobre as instituições na América do Norte ou algo assim, e você disse que eles [as famílias e/ou os cuidadores] têm medo e assim por diante, mas… Sim, Eu entendo…
Então, Há dois aspectos nisso: há o aspecto econômico (as obras e os empregos, emprego e tudo isso), este é um grande problema, mas enfim, mesmo que não houvesse esse aspecto (Imagine que a criança ou o adulto está morando em casa), De qualquer forma, os pais podem justamente ter medo pela perspectiva da neurodiversidade e assim por diante, e realmente não é justo para eles, realmente não é justo.
Mas, AQUI, Quero explicar uma coisa, é um pouco complicado, é um pouco difícil, mas… Na verdade, por exemplo, quando você diz que existem algumas pessoas autistas que estão fazendo automutilação, que se comem ou quebram [coisas]: Eu sei que é fácil dizer, mas esses problemas poderiam ser reduzidos MUITO se o ambiente social
[CS: certo]
Eu e quando digo “ambiente social” Refiro-me também à família (para mim é [parte de] o meio social)
[CS: certo]
poderia ser mais apropriado.
Porque quando essas pessoas autistas estão fazendo isso é porque elas têm um problema [com algo exterior], são revoltantes, eles…
Então, os problemas, não é só autismo, é porque o ambiente não está adaptado…
21. EL: E o problema é…
Olhar: se você confunde autismo e o [autismo] distúrbios, depois para as pessoas que fazem essa confusão, autismo é apenas algo ruim, período. É, mas é tudo negativo.
Depois de entender… uma vez que você começar a fazer um… você separa o autismo E os problemas que vêm com o autismo, então é diferente.
O que quero dizer com isso, é isso quando você considera que o autismo é a mesma coisa que os transtornos do autismo (o que mesmo gramaticalmente não está correto), quando você pensa assim (como quase todas as pessoas pensam assim sobre o autismo), depois sobre aquele miúdo que está em casa e que é assim [severamente desafiado], a família ou o sistema de saúde e assim por diante, eles não vão se preocupar em fazer o que eu sugiro, que está corrigindo o meio social, porque eles acham que de qualquer forma o autismo é ruim… Então “autismo é ruim”, “o [autista] pessoa tem um problema muito grande e tem que ser corrigido, irremediável” ou não sei o quê e só isso…
Eles não admitem seus próprios problemas…
22. CS: Para ser honesto, Acho que o campo evoluiu muito… Agora, que eu saiba, certamente a OMS, mas também a maioria dos outros governos nacionais ou ministérios da saúde, não falaria sobre o tratamento do autismo… Trata-se de fornecer cuidados e apoio e promover ambientes inclusivos…
Então isso é, Eu acho, bastante…
[EL: Sim, há uma evolução, felizmente]
No meu, veja o fato de que estamos falando “transtornos do espectro autista”, mesmo, não deve ser visto como um… algo que leva a uma abordagem estreita baseada no déficit;…
Não acho que seja o caso…
Uma coisa é a terminologia, Uma coisa é como vemos a abordagem para ajudar ou ajudar a melhorar as experiências das pessoas autistas e… Sim…
Então eu, para ser honesto, Não acho que o termo deva estar de alguma forma ligado à abordagem…
Não é isso se usarmos “transtorno do espectro autista”, Então estamos vendo outra abordagem que é sobre o tratamento da condição, Não acho que seja o caso.
23. CS: Mas vejo que você está usando o termo “autismo” quase como um traço, para definir o traço direito?
[EL: É claro :-)]
Mas eu não acho… – Eu gosto do conceito, da forma como você conceitua esse traço, Acho muito interessante, e é algo que não foi feito, poderia realmente agregar ao campo, mas por que você está usando “autismo” porque autismo é a palavra que se originou do transtorno do espectro autista, originado da definição da condição…
“Autismo” está relacionado ao fato de haver uma deficiência… pelo menos na classificação internacional (no DSM ou na CID-11)…
Por que você não usa outra palavra para definir o traço ao qual você se refere?
Eu vejo o que você está querendo dizer aqui, é… – a meu ver,, porque eu venho de – É claro – o campo da saúde mental e eu trabalho em ambos os campos, mas, Na saúde mental falamos de bem-estar, e podemos falar sobre angústia ou preocupações, ou mau bem-estar, E depois há, por exemplo, a depressão e, portanto, a depressão, a meu ver, é a condição como transtorno do espectro autista…
Mas depois há… O traço, para mim, é bem-estar.
Ou… certo, não é a mesma coisa, mas… Acho que você está definindo um traço que você encontra na população em geral, e que não necessariamente está relacionado a um transtorno, e isso, Eu entendo…
Mas eu não chamaria de autismo esse traço… porque cria uma confusão.
24. EL: OKEY, Não encontro na população em geral essa característica… Só encontro no autismo…, é “população autista”…
[CS: Sim (OKEY)…]
É claro, porque é autismo [essa característica]…
É autismo, caracteriza pessoas autistas, e…
Ok, eu vejo o que você quer dizer, e eu tinha essa dúvida também, Pensei que talvez as pessoas não entendam o que quero dizer, porque de qualquer maneira, de qualquer maneira, autismo seria como você diz: algo provenientes de Os transtornos do autismo…
25. CS: Sim… Porque mesmo quando você diz “autista”, se você pensar em como a terminologia foi originada… está definido nas classificações internacionais há sempre um parâmetro que se relaciona com a deficiência…
Se você não tem a deficiência, na CID-11, Você não está falando de transtorno do espectro autista…
26. EL: É exatamente por isso que na primeira parte do meu documento tentei definir mais ou menos autismo sem nenhum…
[CS: imparidade, Desafios…]
visão defeituosa, visão negativa,
[CS: Sim, exatamente]
e a lista de características, de características que escrevi, a meu ver,, na minha opinião, é correspondente ao “defectológico” [habitual] definição de autismo, MAS com a perspectiva autista, Quero dizer com a perspectiva positiva…
Vou tentar explicar… Por exemplo… (Vou explicar e vocês vão entender)…
Por exemplo, quando… olhar, Os transtornos do autismo são geralmente definidos com desafios na comunicação e nas relações sociais (que andam juntos) e interesses estreitos e peculiaridades sensoriais (para dizer mais ou menos), então isso é… quando é dito do ponto de vista médico ou defeituoso, é negativo:
“São desafios, são inabilidades, são déficits, São deficiências, Estes são…”
e assim por diante, isso é negativo…
Mas podemos descrever exatamente as mesmas coisas do oposto, do ponto de vista positivo, do nosso ponto de vista [de alguns autistas], e dizer “Sim, há dificuldades nas relações, Claro que há dificuldades na comunicação, É claro, e assim?”
Não é necessário “distúrbios”, e podemos explicar o porquê…
Eu posso explicar, por exemplo, nos problemas de comunicação, no meu caso, Faço tantos esforços de comunicação (talvez você tenha apenas uma ideia sobre isso), e… Todos os dias, quase todos os dias, Eu tenho a prova, Eu tenho a evidência de que as pessoas na minha frente (Os não autistas – não você, mas a maioria das pessoas), eles simplesmente não prestam atenção… eles não ouvem… eles REALMENTE têm problemas !
Eles realmente têm um “problema de atenção”, eles realmente não prestam atenção, eles não ouvem, eles não leem, eles têm o que eu chamo de… Eu digo para você, mas é difícil porque eu chamo de “Problemas não-autismo”, e as pessoas não gostam, é claro que quando digo isso, eles não gostam…
Mas quando você começa a… se as pessoas tivessem a coragem de tentar pensar sobre o que eu chamo de Problemas Não-Autismo… há… é realmente enorme, é realmente…
[CS: Sim]
é muito importante, Então… para voltar ao que eu estava tentando dizer: em comunicação, é questão de ponto de vista: Sim, Há dificuldades, mas são déficits do ponto de vista das pessoas não autistas…
27. CS: Absolutamente, Quero tranquilizá-lo de que acho que realmente entendo sua perspectiva, sobre o que não estou convencido, é o uso do termo que você está usando.
Porque, por exemplo, Estou convencido de que o diagnóstico em muitos casos não é tão importante quanto pensamos que é, e que muitas ações dentro da sociedade dentro da família, dentro do sistema de cuidados, pode ser iniciado, pode ser fornecido na ausência de um diagnóstico…
O importante é definir o reconhecimento de que existe uma modalidade específica de interagir, comunicar ou observar… o que é o do meu ponto de vista… definimos o perfil de desenvolvimento da criança, por exemplo;, o que é o…
e isso pode ser a base para alguns dos apoios e também para informar como a escola deve estar se ajustando ou deve garantir que haja alguma característica em nossa sociedade, ser inclusivo.
Mas na minha perspectiva… talvez eu entenda que você não está estreitando o… Estou pensando em termos de perfis neurocognitivos… (perfis e domínios e habilidades ou competências), Acho que você não está realmente restringindo o discurso ao cérebro, então eu não tenho certeza se você iria lá, mas a meu ver o traço é realmente sobre a modalidade de… que o, em termos de… A forma como o nosso cérebro funciona é, naturalmente, muito diversa, E há um traço que se relaciona com o autismo de certa forma… na forma como o perfil neurocognitivo é um… a característica do perfil neurocognitivo em termos de quais são os pontos fortes, quais são as modalidades de interação e assim por diante;…
E na medida em que há um transtorno…
Mas, a meu ver,, autismo… (mas posso estar errado), Na minha visão, o autismo sempre esteve associado à deficiência, como um termo.
Não quero dizer que só precisamos ver o prejuízo… mas o diagnóstico é feito quando há uma dificuldade que… Eu acho… Sim, Estou olhando agora para a CID-11: “o sintoma resulta em prejuízo significativo”, Então esse é um critério para a definição de transtorno do espectro autista.
28. EL: É muito “brainstorming”, essa discussão
Mas estou tentando te seguir, mas você disse muitas coisas… muito “médico” coisas, Não acompanhei todos…
Mas vamos tentar continuar…
Quando você diz o diagnóstico…
Volto à minha distinção: quando você disse “Diagnóstico”, para mim não deveria ser “diagnóstico de autismo” é “diagnóstico ah sim eu recebo dos transtornos”
[CS: Sim, (certo) Eu entendo, Sim]
e, claro, quando você tem os transtornos que estão caracterizando o autismo, é claro que você deve ser autista e você deve…… (ser autista, só isso).
Mas na minha opinião, é impossível diagnosticar “autismo” porque, não é…
29. CS: Sim, mas então, como você distingue as pessoas autistas que têm autismo, e autistas que têm transtorno do espectro autista, como você os chama de forma diferente? São indivíduos autistas (?)…
30. EL: Eu acho… Não tenho certeza se entendi a pergunta, mas vou tentar responder
Eu acho que TODAS as pessoas que têm transtornos autistas SÃO autistas, então isso é simples…
Mas do outro lado, Eu acho que a MAIORIA das pessoas autistas tem – ou pode ter às vezes – transtornos autistas ou desafios ou dificuldades e assim por diante, próprio do autismo, específico para o autismo, mas nem sempre…
E quando eles não têm esses problemas, eles não sabem que são autistas…
E as pessoas ao seu redor não sabem que são autistas.
Veja, por exemplo, Elon Musk: ele disse que é “Asperger” mas ele é um homem muito bem-sucedido, para que ele não tenha tantos desafios…
( Bem, na minha opinião, ele tem algumas ideias um pouco malucas com Marte e túneis, mas é outro problema )
Mas de qualquer forma ele é bem-sucedido, então não podemos dizer que Elon Musk tem transtornos autistas… ou talvez ele tenha, Em casa, mas não sabemos…
Então eu não sei se ele responde a sua pergunta…
Para mim não tem de um lado pessoas que têm transtornos autistas, e do outro lado, pessoas que são (só) autista…
31. CS: Mas acho que é semelhante para muitas outras condições… Se você tomar por exemplo dislexia…
Muitos de nós… não somos todos iguais… na nossa forma como aprendemos a ler ou…
[EL: Eu tenho um pouco de dislexia agora que eu não tinha no passado, e depende se estou chateado ou não, mas no passado eu não tinha problema nenhum, e às vezes nem consigo escrever quando estou muito chateado…]
Sim, então eu acho que é a mesma coisa, até certo ponto, Quer dizer, há uma variabilidade, claro, e a palavra dislexia é usada apenas para reconhecer que em certos casos essa variabilidade na forma como somos capazes de ler e assim por diante e… é… em certos casos, cria uma deficiência… Assim, a deficiência é a característica definidora que distingue entre pessoas que podem ter um pouco de dificuldade, mas podem não ter tão grave… Sua capacidade pode ser boa o suficiente para que eles não estejam sentindo que há um desafio… e quando há um desafio, então… e, claro, há uma linha tênue, não é tão fácil definir se / quando há uma condição e quando não há…
Mas vejo o mesmo para o autismo…
Então eu acho que você está usando o autismo para definir um traço aqui, mas você está usando o termo da condição… então isso cria confusão para mim…
Porque quando você diz “transtorno do espectro autista” há uma deficiência, e acho que o autismo tem sido utilizado – no meu conhecimento – Para definir a condição, definir os casos em que há uma deficiência…
Então você poderia… você provavelmente poderia criar… inventar – mesmo – outra palavra para definir o traço…
Mas não estou convencido de que devemos usar “autismo”, ou talvez sim, Eu não sei, mas esta é a minha confusão…
Talvez apenas para chegar à pergunta: A conceituação do autismo como distinto do transtorno do espectro autista: existe algum… qualquer coisa escrita, Existe alguma associação que está propondo isso, é realmente sua conceituação sim?
32. EL: Eu não sei (sobre) Outros, e… então ou eu estou totalmente errado…
[CS: Não…]
ou talvez seja apenas um problema de usar a palavra errada, Eu quero dizer “autismo”, que deveria ser outra palavra…
33. CS: Para ser honesto, Eu não usaria a mesma palavra… Sim…
Ou talvez… Sim…
Porque talvez a gente vá lá…
Talvez você esteja certo, e talvez devêssemos usar a palavra, não definir a condição para nada…
Talvez devêssemos usar o “dislexia” para definir o traço e, em seguida,, dizem que há um “transtorno de dislexia” quando há uma deficiência…
Mas, para ser honesto, não sou assim…
Eu não sei…
Eu… nesta fase, Eu…
34. EL: É difícil… Mas, olhar… Mais uma vez, Quero tentar explicar de novo…
Olhar, o que eu acho é… quando eu te escuto eu penso que você… você é médico e trabalha na OMS e tem uma abordagem médica, é claro, É claro…
Então, como você disse, na sua opinião, a palavra “autismo” *significa* de qualquer maneira “transtornos do autismo” porque…
35. CS: Não, Não digo isso, podemos mudá-lo… Pode ser mudado no futuro, mas hoje em dia vai criar alguma confusão…
Não estou dizendo… Eu gosto, para ser honesto, Eu gosto do conceito, Gosto da utilização da palavra, mas, de outra perspectiva, também me preocupo em manter a terminologia atual do transtorno do espectro autista…
Eu me afastaria disso, Eu não usaria “desordem”… você ainda gostaria…
Eu quero dizer, em muitas culturas, transtorno tem uma conotação muito negativa… Pode não ser o mesmo em inglês, certo…
36. EL: Concordo com você… agora, Na verdade, olhar: Temos dois problemas…
Temos o problema da palavra “autismo” o que é demais “Cobrado” com o “distúrbios”, e admito que não é tão fácil, mas eu tenho a minha ideia sobre isso e vou tentar dizê-lo depois…
E [Temos] Outro problema (Descobri que é muito certo o que você diz), que a palavra “distúrbios” não está correto…
Talvez eu tenha escrito isso no meu documento, olhar: se você considerar que o autismo tem algo a ver com Harmonia e coerência e ORDEM, e posso dizer-lhe que tenho – não é um problema, mas – Tenho uma *obsessão* pela ordem, e eu não sou o único, Acho que é para a maioria dos autistas: eles querem – nós queremos – ordem, Quero dizer que queremos que as palavras sejam usadas como no dicionário, queremos Justiça, nós queremos… e assim por diante, e você sabe sobre as crianças que alinham seus brinquedos… porque TEM que estar em ordem, é extremamente importante…
Quando entro em algum lugar, [gostar] em um restaurante eu posso notar todas as coisas que não estão alinhadas ou não… e até meu amigo, que não é autista, Ele mora comigo há sete anos, e agora ele é como eu, ele não é autista, mas ele me diz “por causa de você agora eu tenho…” [essa obsessão]…
Não é um problema, é uma qualidade porque ele trabalha em hotéis cinco estrelas aqui (em Hilton e hotéis de alto luxo), Então, para ele, é muito fácil subir as escadas, porque ele comenta todos os problemas e todos os detalhes, indiretamente graças às qualidades do autismo.
E aqui no flat, Eu alugo dois quartos, e graças à minha obsessão por arrumar e detalhar as pessoas [os hóspedes pagantes, os viajantes], eles fazem comentários muito bons porque tudo está limpo e assim por diante: Isso graças ao autismo, é claro.
Poço, Então “desordem” é realmente um absurdo, É realmente um absurdo usar a palavra desordem porque é o contrário, na minha opinião, é uma espécie de rígido… como um “núcleo”, um núcleo que é muito *consistente* e muito harmonioso por dentro, mas que é… fechado.
E quanto mais a pessoa autista começa a se abrir para o resto do mundo, então começa a florescer assim [Florescência / abertura]…
E ainda é muito… tem que ser muito harmonioso…
37. EL: EuNão é complicado porque também há outro problema, é que para os autistas, adaptar-se ao mundo exterior (que é – do meu ponto de vista – o que é apenas uma grande bagunça :-)), para nos adaptarmos, Na maioria das vezes temos que nos conformar, Para “formato” [para obter “Formatado”], fazer concessões, tomar providências… e se você considerar que nosso modo de ser é como as coisas que são muito claras e muito retas, não pode funcionar numa sociedade em que é preciso [dobrar as coisas, contornar, falso etc.]: você não pode fazer assim [reto / directo / claro], você tem que fazer assim e gostar disso [empenado / torcido]…
Então, Os autistas, quando eles querem sobreviver e conseguir um emprego e assim por diante, no mundo não-autista, eles têm que aprender essas coisas que são algum tipo de… “Vícios” ou coisas assim…
Eles não podem simplesmente vir para a entrevista de contratação e dizer “oh eu não gosto da sua gravata”: não é possível, Então eles têm que aprender…
Então, na minha opinião, eles têm que aprender o que eu chamo de “Problemas não-autistas”, mas não é muito bom dizer isso, mas eles têm que aprender… digamos as convenções sociais, e às vezes eles aprendem muito bem, mas aprendem de uma maneira autista, o que é uma forma muito perfeccionista, e às vezes são mesmo… como dizemos em francês “Ils sont plus royalistes que le roi” (“Eles são mais monarquistas do que o rei”), às vezes pode ser realmente horrível, realmente…
Por isso, é importante saber que, porque às vezes as pessoas nos dizem “Ah, mas autismo não é isso ou não é aquilo, porque eu conheço um autista que faz…”: não, ele não está fazendo coisas autistas, ele está fazendo não-autista (ou social) coisas que ele ou ela aprendeu e só isso: não é autista.
Mas é um assunto secundário.
38. EL: [Agora] sobre os transtornos: Sim, seria uma boa ideia…
Olha, há dois problemas, Eu acho que resolver o problema da palavra transtorno é um problema muito grande, Sim, poderia ser outro termo… por que não consultar as associações, As organizações de autistas no mundo, perguntando-lhes “como você prefere ser chamado?”: Não tenho certeza sobre as respostas, o que seria, mas por que não, pelo menos tentando perguntar a eles, porque eu não tenho – Agora – Não faço ideia (talvez amanhã),
e o outro problema é, o que você diz, que a palavra autismo é… De qualquer forma é acusado de deficiência que explica por que as pessoas não entendem o que eu tento explicar.
39. CS: Não “deficiências” mas sim…
[EL: “deficiência”…]
Acho que é isso… para ser honesto, no contexto da neurodiversidade, este termo de “autismo” está sendo reposicionado para ver também os aspectos positivos dele, mas eu não sei, Vejo que pode haver alguma confusão onde precisamos… De certa forma, há uma necessidade pragmática de definir quando há um desafio
[EL: É claro…]
que há um desafio suficientemente grave
[EL: É claro…]
para dar direitos ao serviço, certo?
[EL: É claro.]
Porque também temos esses problemas com a tomada de decisões no ????? sistema e as finanças são… há necessidade de definir quais são as prioridades de Investimentos, certo?
Então precisamos definir, onde, qual, quem está merecendo ter essa quantidade desses serviços, e quem precisa ter um acesso mais restrito aos serviços…
40. EL: Há outro problema – Estou apenas percebendo – é que dado que as pessoas se misturam… confundem “autismo” e “transtornos do autismo”, Eu quero dizer, pessoas autistas… como dizer… autismo é algo e quando você é autista você pode ter muito poucos problemas ou você pode ter grandes problemas, Então, Ok, isso é autismo, e os transtornos é algo que acompanha, é colateral ao autismo.
Mas o problema é que com toda a tendência da neurodiversidade e assim por diante, Há tantas pessoas agora que descobrem que são autistas, mas em todos aqueles “Novos autistas”, nem tantos têm deficiências, problemas ou desafios, mas eles estão se aplicando, eles estão indo ao médico [O Psiquiatra] ter um certificado para receber dinheiro e também ter acesso, cartões prioritários, e assim por diante…
E eu acho que realmente não é justo…
Eu tinha [ela] também, quando eu estava na França eu tinha um “Subsídio de invalidez para adultos / benefício”, mas acho que não é justo porque está confundindo tudo, e que – como você disse – Será que eles realmente merecem ?
Não tenho tanta certeza… Eu acho que tem pessoas autistas que realmente merecem muito cuidado e muito…
41. CS: Sim, eles podem exigir… talvez devam ter direitos, mas o que especificamente, também deve depender da gravidade dos desafios, certo, Então isso é importante…
42. EL: Depende de, Sim, o que você diz, a gravidade dos desafios: não é porque você é autista que automaticamente você…
[CS: Sim, exatamente]
Enfim, existem…
43. CS: Sim, há formas de compensar, certo… Eu tenho esse desafio severo com a orientação, mas com o meu celular e pedindo para as pessoas eu sempre me locomovo bem, então não é que eu deva estar recebendo alguma coisa, desde que eu seja capaz de compensar, pelo déficit que tenho, certo…
Então… mas eu… para ser honesto, Eu vou… Eu quero dizer… isso é interessante e eu realmente… Esse é um campo que está evoluindo muito, e onde eu acho que temos muitas perguntas, Não sei se temos uma abordagem direta, Eu vejo o seu ponto que…
44. EL: Mas… do…
Deixe-me saber, Por favor, se estou errado ou certo: Pelo que você disse no último 20 Segundos, do tom e do que você disse, Acho que é para preparar o fato de que você… você tem algumas outras coisas para fazer, algo assim :-)…
45. CS: Não, Sim…
[EL: Só para saber se sou bom ou não em adivinhar…]
Sim, Sim, desculpe por isso, Tenho algo relacionado ao fechamento do ano que preciso fazer, mas levo essa conversa a sério, Quer dizer, porque é alguma coisa… Eu quero dizer, Dou-lhe um exemplo, ontem fui convidado a compartilhar algumas reflexões internamente dentro da OMS sobre neurodiversidade, Estudei e li muito nos últimos meses e não estou resolvido (???), Não acho que estamos resolvidos em torno de uma abordagem que seja boa o suficiente para refletir a complexidade de como definimos os transtornos do espectro autista, Como definimos o autismo, Como definimos a neurodiversidade…
46. EL: Por que não fazer algum tipo de reunião com brainstorming e alguns especialistas?…
[CS: Sim, Sim]
(incluindo a mim mesmo, se possível :-))
[CS: Certo]
de várias áreas, e…
Porque [agora] somos duas pessoas, estamos tentando… mas com outras pessoas poderia ser…
[CS: Certo]
47. EL: E só para terminar, uma coisa, Volto à palavra “autismo”, e eu entendo que de qualquer maneira para você é muito médico e distúrbios e assim por diante, e talvez eu devesse ler mais sobre as origens do…
A origem é… Kanner ou Asperger que descreveram “Autisten” [em alemão] e assim por diante…
Mas… Estou me apegando ao meu ponto, que é esse… Concordo com o fato de que “autismo” é caracterizada por aquelas dificuldades com interações sociais e assim por diante,
MAS, “em si”, em si, não é necessariamente um transtorno…
[CS: sim sim]
É um transtorno quando entra em conflito com o resto.
Eu quero dizer, por exemplo, o “interesses estreitos”… ou Deus sabe o quê, por exemplo, as dificuldades de interações sociais, no meu ponto de vista, Isso é bom!
É um problema – É claro – para sobreviver na sociedade, mas é bom quando você considera que ajuda o que eu chamo de autoproteção da naturalidade das pessoas.
E eu até considero que os autistas podem… se há cada vez mais e mais [Autistas], haverá, nos países, uma espécie de limiar onde a sociedade terá de fazer alguma coisa, E talvez eles entendam que não é apenas colocar os autistas sob uma cúpula e alimentá-los com remédios…
Não vai funcionar, eles terão que corrigir [o sistema]
Na minha opinião autismo… talvez eu esteja errado, mas na minha opinião o autismo é algo útil para forçar a sociedade a ser menos artificial e mais natural, e eu li que Tony Atwood disse algo assim em um de seus livros, Eu não sei porque eu nunca…
Então é muito na minha opinião é muito…
48. EL: E outra última coisa porque você tem algumas coisas para fazer, mas, A última coisa: quando dizemos “oh essa pessoa autista não pode falar, então é um grande problema porque ele / ela não pode falar”…
Olhar, tem muita gente que não fala que não é autista, eles não falam, são surdos, e assim??
Eles há muitas maneiras de… para trabalhar…
[CS: Mas é um prejuízo.]
É um problema, é difícil, mas ainda é possível trabalhar e… e honestamente, Eu adoraria morar em um prédio só com surdos porque… Você sabe o que quero dizer… às vezes, a maioria dos, 90% do que as pessoas dizem é… totalmente… na minha opinião, é totalmente inútil… às vezes é melhor ser [“fechado”]… Então… é uma questão de ponto de vista.
49. CS: sim sim sim, não eu… Sim eu… Ok, faz-me refletir… e eu só quero corrigir algo, que eu não quero dizer que o autismo é só déficit… Eu só vejo isso
[EL: É claro]
usando o autismo no sentido mais amplo, e ter “transtornos do espectro autista” pode criar alguma confusão, mas talvez já estejamos lá, Eu não sei, Preciso refletir um pouco mais sobre isso…
Talvez o fato de o movimento de neurodiversidade estar usando o autismo em um termo tão amplo talvez eles já estejam usando dessa maneira, eles usando “autismo” no modo mais amplo de conceituar que… é assim… Eu não sei, Preciso pensar nisso… Não sei se é uma coisa boa ou não ou…
50. EL: Deixe-me tentar, por favor, mais cinco minutos, deixe-me tentar outra tentativa de fazê-lo entender melhor
Para mim como autista e para os colegas que têm o meu “nível” (por assim dizer) dizemos que somos autistas, Não temos absolutamente nenhum problema em ser autista, a *natureza* de ser autista.
Há aqueles que negam seus próprios problemas [ou deficiências], suas próprias dificuldades, (não muitos), e há quem – pelo contrário – admitem que têm muitas dificuldades, mas é algo diferente, é distinto, é diferente [autismo, e as dificuldades]…
51. EL: E outro… duas coisas: por exemplo, antes 2013, Eu não sabia que sou autista, e eu tive toneladas de problemas, e…
Quando soube que existe um nome (naquela época era chamada de síndrome de Asperger) e quando eu vi : [uau], foi mesmo “A Revelação” e não foi negativo para mim.
Pelo contrário, era um rótulo, era uma explicação;, e quando li a descrição da síndrome de Asperger, Vi muito bem que era negativo, mas não para mim, mesmo quando eu descobri, porque eu sabia, Eu senti, que eu não era… que eu não estava *errado*, que eu tinha meu ponto de vista, e do lado social, do ponto de vista não-autista, eles fizeram um rótulo chamando-o de Asperger ou Autismo ou Deus sabe o quê…
Mas para mim é apenas um rótulo…
52. EL: E… um último exemplo…
Por exemplo, O povo homossexual: No passado, a homossexualidade era vista como doença e assim por diante…
[CS: Sim]
E… vamos… Voltemos ao passado, gostar, digamos 100 anos no passado, e você pega uma pessoa homossexual, e o sistema vai achar que ele tem uma doença e assim por diante…
Então agora você pega a mesma pessoa, Tomemos como exemplo Alan Turing, ele é muito famoso e era homossexual… Vamos pegar Alan Turing, e você colocou esse cara agora… ele dizia “Sim, eu sou gay, e assim ?”
(Acho que talvez nesse momento, mesmo naquela época ele dizia que)…
E assim ??
[CS: Certo]
Então, o que quero dizer é que, do ponto de vista do sistema, eles lhe diriam “ah você tem a doença gay” ou “transtorno homossexual”, Sim “Ele tem o transtorno do espectro homossexual” (HSD) :-)…
E do ponto de vista do HIS, ele dizia “Sim, eu sou gay, Eu gosto de homens, Eu gosto dessas coisas, e assim ??”, só isso…
Então talvez não seja uma comparação muito boa, mas do meu ponto de vista da pessoa autista: “Sou autista, SIM, Tenho tantos problemas de comunicação com outras pessoas, SIM meus focos são muito estreitos, ou estranho, e… SIM, às vezes eu posso me concentrar em um assunto durante uma semana… e assim ???…”
53. CS: Sim, então talvez a outra maneira de abordar isso possa ser que usemos o termo “autismo” para definir o mais amplo…
[EL: a natureza…]
gama (a natureza), e então você diz
[EL: o transtorno, Os problemas…]
“ele é uma pessoa autista com dificuldades na da da da, com comprometimentos graves em…”
[EL: Sim, específico para o autismo… Sim, é claro… Acho que é…]
então essa seria uma maneira mais clara de definir as coisas.
54. EL: Sim, é essencial na minha opinião, é realmente essencial tentar realmente – mesmo que não esteja claro – tente… Eu quero dizer, como uma experimentação… para fazer uma separação realmente clara, uma barreira entre “autismo” (tentando defini-lo, mas a primeira parte do meu texto ajudaria muito), e o outro lado, todas as coisas de sempre: os transtornos e assim por diante.
[CS: Sim]
E tente não misturar os dois, e então, pouco a pouco, você entenderá o que quero dizer, que é realmente algo diferente.
Mas talvez para alguém que não é autista talvez não seja fácil de ver.
Acho que o meu texto… talvez… se você leu (A primeira parte sobre o autismo), se você lê-lo novamente, talvez fique mais claro…
55. CS: Sim…Então eu… Ok, agora isso é que eu quero dizer que isso é útil, Obrigado por tomar o tempo para compartilhar isso comigo, e explicar…
Eu vou… Eu vou… Vou pensar em como…
Porque isso está além da ficha técnica… Portanto, a ficha técnica é uma, mas acho que é além disso…
Então eu posso… Eu posso ver como… Não tenho certeza se vou ser honesto… Você sabe QUEM assim… não é que eu mesmo possa pegar minha ideia e reformular a definição de autismo, mas o mínimo que podemos fazer é, possivelmente, ter cuidado com a adesão ao termo “transtornos do espectro autista”, ou talvez “condições do espectro do autismo”, quando se refere ao espectro de quadros graves da CID-11…
56. EL: Eu… desculpe interrompê-lo… Eu acho que a OMS é sobre saúde e problemas de saúde, e muito provavelmente a OMS não precisa… até para tentar definir o que é autismo (autismo)
[CS: Sim]
porque, você se vê até mesmo junto, não conseguimos, de facto,…
Então, por que não apenas tomar “autismo” fora da situação, e a OMS só se preocuparia com o que eles têm que fazer, Refiro-me ao “distúrbios” ou os desafios etc.
57. CS: Para ser honesto, Acho que esta é uma versão antiga da OMS… Hoje em dia não estamos focando em transtornos, é também sobre bem-estar, é sobre desenvolvimento… Então é uma questão de promoção da saúde… Então…então é um pouco além disso…
58. EL: Sim, mas de qualquer maneira, com a minha teoria, autismo não tem nada…
[CS: Sim, você está certo… Eu entendo…]
não tem o que fazer… não tem nada a ver com um problema de saúde…
[CS: certeza com certeza, certo… certo]
Então, Eu quero dizer… como autista… (Não posso dizer que minha vida é um exemplo para todos, mas) como autista, se não houver problema com os vizinhos, e se ninguém me tocar nas costas, (então) Eu não tenho nenhum transtorno autista…
Se você me colocar na França (Não quero nem imaginar)…
Então… o transtorno… Sim, os transtornos que eles estão existindo e realmente eles são…
Vamos tentar outra palavra: as dificuldades que eu prefiro “Dificuldades”, os desafios ou dificuldades específicas do autismo, eles estão claramente existentes e é claramente um grande problema, e isso tem que ser resolvido – É claro – e se a OMS está indo mais na direção da abordagem global, a abordagem social e tudo o que eu disse (meio ambiente e assim por diante), é muito bom…
E mudando (Substituir) “desordem” com outra palavra seria bom também.
Mas isso é uma coisa, e é sobre os problemas e os desafios e a saúde como bem-estar e assim por diante, Ok…
[CS: Sim]
mas não é autismo… Pois é (Sei que a diferença é sutil, é difícil) mas (com) “autismo em si”, não há problema.
59. CS: sim sim sim… Ok, Deixe que eu… Não prometo isso..
sim sim, Vou pensar nisso e… e possivelmente é boa a sugestão de que também podemos consultar de forma mais ampla.
[EL: Sim, e…]
e ouvir perspectivas…
60. EL: O problema…
Concretamente… Concretamente, O problema é que quando… (Eu te avisei) quando tento explicar essas coisas para os franceses, às vezes me dizem “ah, mas no site da OMS está escrito que o autismo é o mesmo (coisa como transtornos do autismo),
[CS: sim sim, certeza com certeza]
Então, Não posso argumentar contra isso…
Então… Eu posso… olhar, o que posso fazer: Posso dizer-lhes “Ok, na ficha informativa há uma confusão e…”, mas não é suficiente convencer.
Eu não posso dizer a eles “mas veja a definição exata da CID”, Refiro-me à definição médica: tudo bem, não há problema que não esteja escrito (…), não há confusão, Quero dizer, pelo menos em francês ou em inglês (Eu não me lembro),
[CS: certeza certeza]
Há também o problema das traduções…
Mas o problema é que nem sempre as pessoas são de boa-fé, e dirão que há duas coisas contraditórias, lá esta página que diz… eles não mencionam o autismo, mas apenas os transtornos, e outra página para o público mais convencional que diz que autismo é TEA, Então “obrigado Sr. Lucas, mas adeus, porque até a OMS diz o que dizemos”, Então… então é muito difícil a gente tentar explicar essa diferença que… no documento tentei explicar que é tão importante entender essa distinção por tantos motivos…
E o primeiro motivo é entender as qualidades do autismo, É claro.
[CS: certo]
porque “as qualidades de um distúrbio” não significa nada… é tão óbvio…
61. CS: sim sim sim… Não, eu entendo…
sim sim… Obrigado, Prometo que vou pensar nisso, e vou consultar internamente também, pois é bom que consultemos de forma mais ampla também…
[EL: Você pode me convidar talvez em reuniões às vezes…]
Hoje em dia faz muito tempo que não organizamos reuniões presenciais, estamos confiando mais…
[EL: Não, Eu quero dizer, não “pessoalmente”, Eu não quero… Remotamente, É claro.]
Claro que sim sim sim eu sei que acho que devemos fazer isso e consultar sobre essa questão da terminologia…
É… estamos um pouco apertados com a terminologia porque a OMS é… há um processo separado em torno da CID-11, certo, Portanto, esse é um processo muito separado…
Mas de qualquer forma acho que é bom consultar e ouvir perspectivas e então podemos influenciar processos externamente, para não dizer que uma consulta pode mudar a CID-11 agora, mas certamente o nosso pensamento…
62. EL: Como eu te disse, nas definições da CID-11 não vejo problema algum…
[CS: Sim]
Não, são as páginas gerais que – com uma boa intenção, para remover a desordem – mas na verdade cria um problema e ninguém pensou nisso :-)…
[CS: (Rindo)]
mas estou tentando explicar…
63. CS: Com certeza… Está bem… Muito obrigado!
64. EL: Graças a você!
65. CS: Eu realmente aprecio… e todos os esforços para que eu o compreendesse
66. EL: É difícil, é difícil, não é por causa de você ou por causa de mim, é porque são dois mundos
diferentes
67. CS: Não, não vamos fazer isso
Não, Vamos fazer a ponte entre os mundos
68. EL: Por isso criei a Organização do Autistão
[mostrando uma pequena bandeira do Autistão]
que é tentar (que visa) fazer pontes entre os dois mundos…
É difícil, mas com pessoas de boa-fé é possível avançar, para entender melhor.
69. CS:
Sim, eu sou… Eu não sei que eu penso em mim mesmo como um… Eu… Não gosto de falar, mas eu gosto de ouvir…
Então eu… Não sei se posso mudar… Eu quero dizer, Eu tenho… Eu não sei… Eu apenas… Sou sincero quando digo que agradeço a oportunidade de ouvi-lo
70. EL: Eu acreditei!
Eu acreditei…
CS: (Rindo)
Está bem…
EL: Obrigado…
CS: Muito obrigado…
EL: Boa noite
CS: Até logo
EL: Obrigado
CS: Boa noite
3.2. Tente resumir nossa reunião usando o ChatGPT, e acréscimo de nossos comentários após uma reflexão mais aprofundada
4. Algumas explicações adicionais após a reunião
4.1. Complementos por mensagens de áudio
4.1.1. Apresentação
[13:14, 16/01/2024] Éric L.: Prezada Sra. Servili, Acima estão duas mensagens de áudio de esclarecimentos.
- 1. Acho que encontrei uma maneira bastante simples de realmente fazer entender meu ponto (em particular com a ideia de “Contras” e “Profissionais” do autismo, mas também com outras formas ou “Imagens”).
Depois de ouvi-lo, tudo deve ser claro e óbvio, e você deve entender que (Desculpa) é certamente um contrassenso dizer que o “Contras” de uma coisa “Um” são essa coisa “Um”. - 2. Há também uma explicação sobre as comparações com miopia e dislexia, que a OMI não era relevante (Desculpa !
). Mas tudo pode ser discutido.
- 3. Outro esclarecimento é sobre o fato de que “meu ponto” não está relacionado a “variabilidade”, Limiares, Direitos, benefícios e assim por diante. Não nego a existência dos desafios, claro, e o fato de que é muito discutível se eles vêm mais “do autismo” ou “da sociedade”, não impede que sejam problemas graves que precisam ser resolvidos. Mas não é realmente o ponto na discussão atual.
Espero que você encontre algum tempo para ouvir, e tudo ficará claro.
Então, esperançosamente, talvez como eu você não entenda por que a OMS diz que o autismo é o transtorno (ou problemas, ou “Contras”, ou lados ruins), do autismo.
Desculpe, mas realmente não é coerente, e -além disso- é realmente prejudicial para as tentativas de organizações no mundo que lutam por um melhor, digno, Vida plena para autistas, o que é obviamente impossível se considerarmos que o autismo é APENAS o lado ruim do autismo (mesmo no próprio “Moderada” Casos). (Tudo isso está explicado no meu longo documento.)
Muito Obrigado.
Tenha uma boa noite !
Érico L.
4.1.2. Transcrição da mensagem de áudio N°1
20240116 esclarecimentos e acréscimos à nossa reunião para um melhor entendimento
- (0:01) Prezada Sra.. Servili, Bom dia. Vou tentar ser bem curto.
(0:08) Em primeiro lugar, Muito obrigado por todo o tempo que você gastou para ler o meu documento
(0:14) e também pelo nosso encontro e por todos os seus esforços (…).
(0:53) E acho que apesar de termos avançado muito durante o nosso encontro no nosso entendimento mútuo,
(1:05) em particular você me explicou muito bem o problema da confusão de usar a palavra autismo.
(1:17) Do outro lado, Acho que ainda é possível levá-lo, por assim dizer, mais na direção que eu quero explicar.
(1:34) E eu vi também que você fez muitos esforços sinceros, e é raro, Não estou acostumado.
(1:50) Então, tudo o que é bom (…),
(1:56) e você disse várias vezes que precisa pensar no final da nossa reunião (…)
(2:11) mas acho que se você ler o primeiro capítulo em que eu dou uma lista de algumas características do autismo, (2:23) provavelmente vai ajudar muito.
(2:26) Penso também que nesta discussão ainda estávamos, embora nossos esforços muito grandes, esforços mútuos,
(2:36) ainda estávamos mais ou menos no mal-entendido. - (2:43) (…) (2:53) O que quero dizer, Na verdade, é muito simples o que eu quero explicar com toda essa história sobre autismo,
(2:59) A diferença entre o autismo e os transtornos do autismo.
(3:05) (…) (3:10) Não é uma espécie de espectro com de um lado o autismo e do outro lado os transtornos do espectro do autismo,
(3:18) e eu acho que você entendeu isso, Concordámos com isso, (3:23) mas há… (…) - (3:27) Dado que você é muito profissional, É claro, em alguma cultura,
(3:35) abordagem da cultura médica do autismo e todas essas coisas, e transtornos do autismo,
(3:40) e também você lê muitas coisas sobre neurodiversidade,
(3:44) É claro, você tem muitos pensamentos sobre isso.
(3:49) Então, quando você ler o nosso documento, e mesmo quando você me ouve,
(3:53) É impossível não pensar em todas essas coisas que você já sabe.
(4:02) Então, na minha opinião, complica, talvez.
(4:08) O que quero dizer, com todo respeito, é que se fosse possível com algum tipo de varinha mágica,
(4:19) apenas temporariamente para acabar com, para apagar, esquecer qualquer conhecimento,
(4:28) É claro, é impossível, mas se era possível você esquecer alguma coisa, qualquer coisa sobre autismo,
(4:34) e você acabou de ler nossa carta, e eu acho que você deve entender muito claramente o que eu quero dizer. - (4:43) Mas eu tenho outro jeito, sem a necessidade de magia.
(4:49) Na verdade, é tão simples entender o que quero dizer.
(4:53) É simplesmente que autismo é autismo, e há de um lado os contras,
(4:59) ou os defeitos, ou os transtornos, ou os problemas e as dificuldades relacionadas ao autismo,
(5:06) e do outro lado, Os Prós, As coisas boas que pouca gente vê.
(5:12) É tão simples. Em tudo, há os prós e os contras. (5:17) (…) - (5:26) Por exemplo, Eu tinha um carro americano muito raro e original. (5:34) (…)
(5:40) Nos EUA, não é raro, é bastante comum, todo mundo sabe disso.
(5:46) Mas na França, Eu posso te dizer, ou em outros países europeus, é complicado por muitas razões. (5:55) E eu não vou fazer a lista.
(5:58) Mas o que quero dizer é que fiquei feliz por ter meu carro.
(6:03) Eu comprei, ninguém me obrigou a comprar aquele carro.
(6:06) Eu comprei porque era original e agradável.
(6:10) E é o mesmo para o autismo.
(6:14) Com esse carro, Tive vários desafios.
(6:17) Só para encontrar um entendimento de seguro, conhecendo a marca.
(6:25) É como no começo, quando eu estava dizendo Asperger, ninguém entendeu o que eu estava dizendo.
(6:31) Ou mesmo às vezes quando digo “autismo”, algumas pessoas acham que ouvem “artista” ou algo em outros idiomas. (6:39) Autista, artista.
(6:42) Então, Havia os contras.
(6:45) Como encontrar uma vaga de estacionamento quando você tem um carro de 5 Metros 50 de comprimento. (6:53) E todas essas coisas.
(6:55) E como encontrar as peças de reposição quando essa marca não tem representação na Europa, e assim por diante…
(7:02) Então, esses são os contras.
(7:04) Mas houve, É claro, Os Prós. (7:07) Era um carro muito bom. - (7:13) Então, para o autismo, para mim, é a mesma coisa.
(7:19) Se as pessoas têm uma abordagem negativa, ou se eles veem apenas as coisas ruins, (7:24) então eles acham que é um grande problema ter um carro assim.
(7:29) E se virem apenas as coisas boas, é o contrário, gosto de qualquer coisa.
(7:34) Então é muito simples de entender.
(7:37) Portanto, esta é outra razão pela qual, embora eu entenda que é confuso usar a palavra autismo, (7:45) que é, como dissemos, carregado de coisas negativas, e assim por diante.
(7:50) Mas não há razão para usar outra palavra, porque é autismo, e só isso. - (7:55) De um lado, há os contras, e do outro lado, há os prós.
(8:00) E pouca gente entende os prós. (8:03) Só isso. - (8:04) (…) [Vamos fazer outra metáfora], Vamos pegar a imagem de um rio, (9:31) e as pessoas de um lado do rio, eles conheceriam apenas aquele lado do rio, (9:36) e não saberiam o que está do outro lado, se o rio é muito grande.
(9:39) Ou se você pegar o oceano na época em que eles não sabiam sobre a América.
(9:47) Então, quando as pessoas veem o carro do autista só de um lado,
(9:53) eles só sabem, por exemplo, o lado esquerdo,
(9:55) e não sabem o que está do outro lado, [o lado direito].
(9:57) Pode ser totalmente diferente, uma cor diferente ou algo assim.
(10:02) Não é uma comparação muito boa.
(10:03) Mas enfim, é muito simples de entender. - (10:08) Autismo é autismo.
(10:10) É a natureza. (10:12) É uma diferença humana, variante, ou algo assim.
(10:18) E dado que não é bem compreendido, (10:22) e dado que os autistas são forçados a viver, (10:27) (seria melhor dizer que eles não são forçados a viver), (10:31) mas O sistema em que vivem não está adaptado ao autismo.
(10:37) [então] É claro, eles sofrem, e eles têm problemas, e assim por diante.
(10:41) E isso faz com que eles fiquem presos em algum tipo de bolha, e assim por diante,
(10:49) qual, É claro, não ajuda.
(10:52) Mas os transtornos e os problemas, a maioria deles, são discutíveis,
(10:57) e são uma questão de ponto de vista. - (11:00) E não tenho muita certeza de que isso ficou claro em nossa conversa,
(11:03) mas Nunca disse que sou contra a ideia dos transtornos.
(11:09) Há as duas coisas, Na verdade, três coisas.
(11:12) Há (1) autismo, que tem (2) os lados bons e (3) Os lados ruins.
(11:17) O autismo consiste em coisas positivas e negativas, (11:26) como quase tudo, como a eletricidade, como tantas coisas.
(11:31) Portanto, é simples de entender. - (11:33) Tenho outra comparação.
(11:35) É uma porca, Você sabe, uma noz.
(11:38) Quando você vê uma noz do exterior, (11:41) e se você não tiver nenhuma ferramenta, e se você não tem ideia, e assim por diante, (11:45) parece algo absolutamente inútil, talvez bom, mas inútil. (11:51) Você não sabe que pode comê-lo.
(11:54) Às vezes eu vejo algumas coisas aqui no Brasil, (11:56) Não sei se é possível comer ou não.
(12:02) Então, quando você sabe como abri-lo, e é difícil,
(12:06) mas quando você abri-lo, então você entende que há a coisa boa dentro,
(12:10) mas a madeira, o exterior, você não pode comê-lo.
(12:14) É a proteção.
(12:16) O autismo é algo muito parecido,
(12:20) até mesmo a forma, Mais ou menos, do cérebro.
(12:24) Portanto, há tantas coisas para discutir, (12:33) e espero que esta mensagem seja útil, (12:38) e se não for suficientemente claro, Espero que possamos voltar a conversar. - (12:43) Tenho algumas perguntas.
(12:44) Há duas ou três coisas que eu não entendi no que você disse,
(12:49) e [daqui] é um pouco complicado compartilhá-lo [Como aquele],
(12:51) porque tenho colegas que se interessam muito pelo mundo.
(12:57) Acho que quando vou publicar a transcrição, (13:02) será uma base muito boa, (…)
(13:20) e espero que possamos continuar,
(13:22) e que talvez você organize alguma reunião, (13:26) Eu quero dizer, reunião remota, brainstorming, como você disse,
(13:31) porque eu não quero insistir, (13:33) mas é realmente importante, realmente importante (13:37) para acabar com esta confusão,
(13:44) e com a publicação, Eu quero dizer, a OMS, (13:49) se eles entenderem, e se eles acreditam, (13:52) e eles entendem o que eu digo, (13:55) e se eles entendem por que é tão importante, (13:59) e por que é tão prejudicial atualmente,
(14:01) Explico tudo isso na carta. (
14:05) Espero que queiram corrigi-lo, (14:09) porque é realmente um grande problema quando lemos (14:12) que o autismo é a mesma coisa que os transtornos do autismo. - (14:18) Nas confusões, há a confusão da palavra [“autismo”] (14:21) que você me explicou, mas eu te disse (14:24) que há uma maneira de resolvê-lo, (14:27) como tentei explicar hoje,
(14:29) e há outro problema, (14:31) é que eu notei isso quando expliquei (14:35) que autismo não é a mesma coisa que transtorno de autismo, (14:41) porque muitas vezes as pessoas acreditam (14:45) que estou tentando insinuar ou dizer (14:51) que os transtornos não existem.
(14:57) Muitas vezes as pessoas me falavam isso, (15:00) e eu até não entendi no início por que eles eram [dizendo que]…
(15:03) Não, são duas coisas diferentes que se juntam, (15:09) como o interior da noz e da noz, (15:12) como as coisas boas de qualquer coisa.
(15:17) Há coisas boas e coisas más. - (15:19) Se você tem um carro comum muito simples, (15:22) você não tem os problemas que eu tive com o meu carro,
(15:25) mas do outro lado, (15:28) não é muito fascinante, por assim dizer, (15:31) ter um carro comum.
(15:32) É a minha opinião, É claro.
(15:34) E assim por diante.
(15:36) Se você tem um Rolls-Royce, ou (você é italiano), (15:39) Então, digamos, se você tem uma Ferrari, (15:41) há lados muito bons, É claro.
(15:44) Eu não gosto, mas algumas pessoas gostam.
(15:46) Mas você não vai ao supermercado com uma Ferrari, (15:50) ou você não dorme dentro.(15:51) Eu poderia dormir no meu carro. (15:52) Eu modifiquei para dormir dentro. (15:54) E assim por diante. - (15:56) Portanto, há [quase] sempre os prós e os contras em [quase] qualquer coisa.
(16:00) Então, para o autismo, é a mesma coisa.
(16:02) O problema é que as pessoas veem apenas as coisas ruins. - (16:05) Só isso.
(16:07) Então, Muito Obrigado,
(16:09) e por favor, Espero que você me avise (16:13) o que você pensa sobre tudo isso,
(16:14) e que você pode ler também as poucas coisas que escrevi acima.
(16:18) Muito Obrigado, e bom dia, (16:20) e obrigado por toda a sua colaboração.
4.1.3. ChatGPT síntese da mensagem de áudio N°1
O orador começa por expressar gratidão à senhora deputada. Servili por seu tempo e esforço na revisão de um documento e realização de uma reunião. Apesar dos avanços no entendimento, Há uma sensação de falha de comunicação contínua, particularmente no que diz respeito à distinção entre “autismo” e “transtornos do espectro autista.” O orador reconhece a Sra.. A experiência de Servili na cultura médica, mas sugere que o conhecimento existente pode complicar a compreensão. Propõem um cenário hipotético em que a Sra.. Servili esquece o conhecimento prévio do autismo para compreender claramente a perspectiva do falante.
Usando metáforas como possuir um carro raro, O palestrante ilustra a dualidade de desafios e benefícios inerentes ao autismo. Eles enfatizam que o autismo engloba aspectos positivos e negativos, semelhante aos prós e contras de qualquer situação. A comparação se estende a ver o autismo de diferentes perspectivas, semelhante a ver os dois lados de um rio ou o interior e exterior de uma nogueira.
O palestrante pede clareza na distinção entre autismo e seus transtornos, defendendo um melhor entendimento para combater equívocos nocivos. Eles ressaltam a importância de reconhecer os pontos fortes e os desafios do autismo, que muitas vezes são negligenciados. A mensagem termina com um pedido de feedback e uma discussão mais aprofundada sobre o assunto, expressando esperança de diálogo contínuo para abordar a confusão em torno do autismo e seus transtornos.
4.1.4. Transcrição da mensagem de áudio N°2
20240116-2 esclarecimentos e acréscimos à nossa reunião para um melhor entendimento
- (0:00) (…) Se você concorda com essa abordagem, o que é extremamente simples (…)
(0:15) Há os lados bons e os lados maus
(0:19) por isso faz todo o sentido ter “autismo” e
(0:24) to falar sobre o “problemas do autismo” como falamos também do “qualidades do autismo”
(0:30) (Not muitas pessoas Faça isso, uFelizmente, mas posso falar muito sobre as qualidades do autismo.) - (0:39) Então é completamente correto ter a redação “autismo” e
(0:47) fou os lados negativos (que são discutíveis, mas digamos para simplificar, wchapéu as pessoas consideram como os lados negativos),
eles podem chamá-lo de distúrbios ou “Transtornos do autismo”, é completamente correto (…) - (1:14) Tele negativo tO autismo pode ser discutível e, na maioria das vezes, é uma questão de ponto de vista, but este é um problema secundário. Esta é uma discussão secundária.
Mas de qualquer maneira nPode-se negar que há, claro, desafios, Dificuldades, Problemas com autismo, isso é certo.
(1:39) So estas coisas são (…) Os lados ruins do autismo, e os problemas, o defeitos, os fluxos e tais coisas.
Este é apenas um lado. - (1:57) Portanto, não há problema, há autismo (que é a coisa geral), e
(2:03) oAspecto NE do autismo, lDizem os ETs o aspecto negativo, é o transtorno, o que é chamado pela medicina “transtornos do espectro autista”. (…)
(2:19) (…) But não é a mesma coisa (como “autismo”) É claro.
(2:27) Por que uma parte de algo deve ser igual ao todo ? Não faz sentido, você vê.
(2:36) Então, se você pegar os problemas, se tomar, (…) econômica ou o que quer que seja, pode-se dizer que há o bom e o ruim, ou se tomar umCoisa do tipo NY, some esportes ou algo assim, há as coisas boas e as más.
(2:55) Mas os lados ruins de something não é essa coisa. É óbvio. É tão óbvio. - (3:05) Então é muito importante não reduzir O lado ruim do autismo para o próprio autismo.
E eu acho que (3:16) maybe muitas pessoas fazem isso porque nem entendem, eles nem veem As coisas boas, Os lados bons do autismo. - E (3:27) aqui, eut me leva à segunda coisa importante que eu quero dizer, é importante: durante a nossa conversação, você fez algumas comparações, você tomou miopia e disse A miopia é uma diferença humana.
(3:52) Sim, mas depois você diz que tomou dislexia também, to fazer algumas comparações, mas não…
Por que? Porque Eu dnão vejo coisas boas na dislexia. Não sei como pode ser útil.
E sAME para miopia. Como a miopia poderia ser útil?
(4:20) Você pode usar miopia ou dislexia para o que você disse, a questão da variação entre 0 e 100 por cento, e para tentar discutir em que percentagem, em que ponto, torna-se um problema ou não, ou se houver uma deficiência, e quando há deficiência ou não, e quando devemos dar entitulo para (…) umacomodações, services e assim por diante, mas não é um problema.
(5:00) O problema, a discussão não está aqui. Não é um problema, este. - (5:11) (…) O problema é justamente esse se algo nomeado “Um” é consisting de oNE hAlf (um) e a outra metade (b), não se pode dizer que a metade (a ou b) é o todo (Um), e só isso.
(5:37) Quando as pessoas dizem que a metade negativa de algo é aquela coisa, eut é muito ruim.
É um grande problema bPorque o mundo inteiro vê essa coisa apenas como algo negativo, e para nós é extremamente difícil to defender o nosso ponto. - E não é só algo eudeológico…
Eu cuma prova (e eu não sou o único) Eu posso provar o paspectos ossitivos, o outro lado, O lado oculto. Não consigo mostrar.
(6:15) Mesmo para aqueles autistas que são desafiados – por assim dizer, se houvesse: sSe as coisas fossem mais apropriadas, seriam menos contestadas., e (6:28) mesmo aqueles, você já sabe que mesmo aqueles que são desafiados, às vezes eles têm alguns (6:36) umBilities, glorioso, que pode ser melhor do que eu ou você em alguns assuntos… - E de qualquer forma, de qualquer maneira, se não tinham [tais qualidades especiais], eles ainda iriam (6:45) têm o direito para uma vida decente e assim por diante…
- Mas o que quero dizer é que o, (6:55) na minha opinião não é umusar miopia ou dislexia ou coisas do tipo em nossa discussão.
(7:05) Desculpe por isso, Eu não quero ofendê-lo, mas Cheguei a essa conclusão porque não podemos dizer “Os lados ruins da miopia” e “Os lados bons da miopia”. Está bem.
(7:23) Então é aí que a comparação para. Não é possível. - Eu tQue Talvez o grande problema seja porque most de pessoas autistas que vemos realmente tem desafios, e você, claro, na OMS you ver o autismo desse lado: tproblemas de mangueira, e os pais, e tudo isso.
(7:54) Então talvez você não saiba o suficiente… Eu quero dizer… O lado positivo…
(8:04) O fPrimeira vez que falei na OMS, Lembro-me que havia um médico (M. Yazami) que me disse “Ah, mas você não é representativo porque vocêr autismo é leve” e assim por diante… - Está correto. Mas enfim, enfim no autismo taqui estão os lados bons, mesmo para aqueles que são severamente Desafiado – e seria muito tempo agora no monólogo, mas seria extremamente interessanteQuero discutir sobre isso, e eu poderia elaborar meu ponto sobre isso.
- (8:39) Outra coisa que eu queria acrescentar: quando você diz que os pais e os cuidadores têm medo sobre…
A abordagem da neurodiversidade e as coisas que eu digo, é bastante semelhante…
(8:57) Não é a mesma coisa, mas é a mesma direção…
Eles [os pais e cuidadores] têm medo mas, look, O movimento da neurodiversidade, Não sei exatamente o que eles dizem e nem eles mesmos, they não são muito claros…
(9:12) Eu até vi recentemente em uma publicação de [Uma Associação de Neurodiversidade]: “Não somos deficientes. Não somos pessoas com deficiência”…
(9:24) Ok, alguns deles, talvez a maioria deles, eles não têm nenhuma deficiência, Por que não…
(9:33) Mas nesse caso, eles não devem fazer parte do instâncias públicas nacionais de deficiência.
(…) Eu mencionei isso, e corrigiram a sentença. (…)
(9:49) O que quero dizer é que Os pais não devem ter medo.
(9:57) (…) [porque] o que estamos tentando fazer com o conceito de Autistan, não temos qualquer intenção de mimpossibilitar ou negar a existência dos problemas ou dos transtornos, tele desafia, Os problemas, As dificuldades, e assim por diante, pelo contrário.
(10:27) Claro que temos que ver e dizer o que existe. - (10:33) Contudo, nosso umA ideia de como resolver esses problemas não é defeituosa, e isso muda tudo.
(10:44) Não é baseado em medicina, tais coisas ou tratamentos.
(10:49) Não digo isso [essas coisas] são completamente inúteis, mas há outro caminho para resolver esses problemas.
(10:58) Eles não devem ter medo disso, então desculpe eu falei muito de novo, Obrigado.
4.1.5. ChatGPT síntese da mensagem de áudio N°2
O palestrante começa enfatizando uma abordagem simples para entender o autismo, destacando seus aspectos positivos e negativos. Eles defendem o uso do termo “autismo” abranger tanto os desafios quanto os pontos fortes da condição, reservando termos como “transtornos do espectro autista” para os aspectos negativos. Eles reconhecem que os aspectos negativos do autismo são discutíveis e, muitas vezes, uma questão de perspectiva, Mas ressalte que os desafios e dificuldades associados ao autismo são inegáveis.
O palestrante ressalta a importância de não equiparar os aspectos negativos do autismo com o próprio autismo, como perpetua um estreito, percepção negativa da condição. Eles refutam comparações com outras condições, como miopia ou dislexia., afirmando que tais comparações simplificam demais as complexidades do autismo;. O palestrante destaca a necessidade de reconhecer os aspectos positivos do autismo, mesmo para aqueles que enfrentam desafios severos.
Abordando as preocupações sobre o movimento da neurodiversidade, O palestrante esclarece que sua abordagem não nega a existência de desafios associados ao autismo. Em vez de, Eles defendem uma abordagem não defectológica que se concentre em métodos alternativos para enfrentar esses desafios. Eles tranquilizam pais e cuidadores de que seu objetivo não é minimizar as dificuldades do autismo, mas oferecer uma perspectiva diferente sobre como abordar e apoiar indivíduos com autismo.
Para concluir, O palestrante ressalta a importância de entender o autismo em sua totalidade, incluindo seus desafios e pontos fortes, e defende uma abordagem não defectológica para lidar com as dificuldades associadas.
4.2. Sugestão de imagem (com uma noz) para ajudar a entender o “distinção” melhor ainda
[02:25, 21/01/2024] Éric L.: Bom dia Senhora, dizem que uma imagem vale mais que mil palavras, Eu fiz isso (no âmbito da minha associação francesa), O que você acha?
[06:00, 21/01/2024] Chiara Servili OMS-MHSU: Caro Érico
Obrigado por compartilhar. É útil ter essa perspectiva à medida que continuamos a considerar estratégias para melhorar as abordagens de saúde pública e inclusão.
4.3. Síntese do ChatGPT do nosso 12 “comentários sobre os itens” adicionado na seção 3.2.
– Item 2: Suavização do termo 'Transtornos do Espectro Autista'’ é interessante, mas contradiz o objectivo da nossa proposta, potencialmente perpetuando a confusão
– Elaeme 3: “Neurodiversidade” é convincente, mas desnecessário aqui, e mantém a confusão

Além disso, pode complicar as coisas, introduzindo ambiguidade ao distinguir entre autismo e transtornos do espectro autista.
Essa complexidade decorre das implicações e controvérsias associadas, juntamente com os desafios no alinhamento com as nossas afirmações.
Geral, Defendemos clareza e simplicidade em nossa abordagem, evitar complexidades desnecessárias que poderiam dificultar a compreensão.
– Item 9a: A variabilidade dos transtornos do espectro autista é um tema desnecessário para nossa "distinção"’
9um. Argumentamos que as grandes diferenças em “nível de funcionamento social” dentro do autismo são tangenciais ao nosso ponto principal, o que é transmitir que autismo não é sinônimo dos transtornos, Dificuldades, ou desafios que engloba, independentemente da sua variabilidade ou natureza.
– Item 9b: Nossa 'distinção'’ é útil para evitar amálgamas da moda que causam preocupação entre os pais
9b. Pais expressam apreensão em relação a determinadas abordagens, como defender a neurodiversidade ou equacionar “autismo” com “transtornos do espectro autista” como variações humanas meramente benignas, fomentando a concepção errônea de que os transtornos do espectro autista são diferenças inócuas.
Isso ressalta a importância crítica de distinguir entre autismo e transtornos do espectro do autismo, reconhecendo sua natureza e gravidade distintas, enquanto defende o reconhecimento dos pontos fortes e qualidades associados ao autismo em meio à confusão generalizada.
– Item 10a: “Neurodiversidade” Pretende, com razão, “despatologizar” autismo, mas confunde com “transtornos do espectro autista” assim, em conflito com o reconhecimento de necessidades genuínas
10um. O conceito de neurodiversidade em relação ao autismo muitas vezes não distingue entre “autismo” e “transtornos do espectro autista,” inadvertidamente minimizando a gravidade dos transtornos, tratando-os como uma entidade unificada e potencialmente negligenciando as necessidades genuínas dos indivíduos autistas, quais cuidadores necessitam de apoio essencial para lidar.
– Item 10b: O conceito de 'autismo'’ como uma "simples variação humana’ não é um extremo de uma linha com os desafios na outra ponta
10b. Ao contrário da crença comum, Não há contradição inerente entre reconhecer o autismo como uma variação humana natural e entender seus desafios significativos.
São conceitos separados, mas paralelos, não se opor a extremos.
Reconhecendo o autismo como uma variação natural, como ser canhoto, não descarta as dificuldades associadas, que muitas vezes surgem de estruturas sociais despreparadas para acomodar o autismo.
Destacar essa distinção é vital para uma compreensão abrangente do autismo e para fornecer suporte adequado.
– Item 13: Comparar autismo com miopia parece inadequado
Estabelecer comparações entre autismo e miopia é considerado inadequado, como a miopia carece de quaisquer qualidades positivas, ao contrário do autismo.
Miopia, ser uma condição incapacitante, pode ser comparado aos transtornos do espectro autista, mas não ao autismo em si, falhando, assim, na compreensão da distinção entre autismo e transtornos do espectro autista.
– Item 23: O termo “autismo” não conota inerentemente déficits; pode ser visto como traços neutros. Semelhante ao racismo, A negatividade errônea não deve impedir o uso dos nomes
Defendemos a manutenção do termo “autismo” referir-se a um traço natural em vez de carregá-lo negativamente com distúrbios, Dificuldades, ou desafios, enfatizar as qualidades inerentes ao autismo em vez de patologizá-lo.
Essa abordagem está alinhada com nossa discussão na seção 1.1.2. da carta, onde elaboramos várias características do autismo que, quando visto fora do julgamento da sociedade, aparecem mais como qualidades do que transtornos.
Enquanto a associação atual de “autismo” com defeitos decorre de confusão generalizada, Nossa mentalidade se abstém de atribuir automaticamente negatividade ao termo.
Traçamos um paralelo com o racismo para ilustrar a evolução das percepções sociais e defender uma mudança semelhante na compreensão do autismo.
– Ponto 31-A: Comparar autismo com miopia parece irrelevante
31um. Comparar o autismo com a dislexia representa um desafio fundamental, uma vez que a dislexia carece de vantagens inerentes, semelhante à miopia.
A variabilidade na gravidade dentro da dislexia reflete a heterogeneidade dentro do espectro do autismo, enfatizando a discussão em torno das desvantagens associadas e não da essência do autismo em si;.
A progressão dos transtornos do espectro do autismo com a idade e as circunstâncias ressalta essas desvantagens, destacando a necessidade de compreensão matizada.
– Item 31b: Não há nenhum problema em usar o termo 'autismo'’ descrever sua natureza e seus componentes (os aspectos positivos e os negativos)
31b. A consideração do uso do termo “autismo” descrever um traço ou natureza autista levanta questões sobre a redução da confusão, especialmente dada a sua associação com “transtornos do espectro autista.”
Contudo, A reflexão, muitas vezes, começa com os transtornos e não com a essência do autismo., complicando as percepções.
É essencial reconhecer o autismo como um todo, com vantagens e desvantagens, semelhante a vários conceitos onde um termo é usado para descrever tanto positivos quanto negativos.
Portanto, a relutância em usar “autismo” descrever a totalidade decorre do equívoco de que o autismo equivale apenas aos seus transtornos, uma noção que requer correção.
– Item 39: Os detalhes sobre os transtornos do espectro autista’ não são relevantes para o nosso objetivo principal, que é distingui-los (sejam eles quais forem;) de 'autismo’
– Item 41: Nossa diferenciação entre 'autismo'’ e transtornos do espectro autista’ é útil para avaliar com precisão os desafios e as necessidades de suporte, prevenindo assim abusos
Um dos muitos benefícios da nossa distinção proposta, não exaustivamente enumerados em nossa carta devido à sua abundância, é a clareza que fornece sobre o potencial de indivíduos serem autistas sem transtornos ou deficiências associadas significativas, e, portanto, sem necessidades substanciais de apoio.
Enquanto gradações convencionais, como níveis 1, 2, e 3 normalmente denotam a gravidade dos transtornos e requisitos de suporte, em vez de um grau de autismo em si, existe uma correlação entre os dois (Isso nem sempre é proporcional).
Avaliando uma “Grau de autismo” é desafiador, e a manifestação de dificuldades associadas aos transtornos do espectro autista pode variar dependendo do contexto e da idade.
Consequentemente, um indivíduo pode exibir um “Grau de autismo” ao longo de sua vida, experimentando distúrbios ou desafios apenas em circunstâncias específicas.
– Item 45: As reflexões são complicadas e confusas para a OMS, pois conceitos fundamentais sobre o autismo são errôneos e/ou baseados em confusões, como a que explicamos (e a introdução de “neurodiversidade” complica e confunde ainda mais)
Abordagens atuais do autismo, incluindo o conceito de neurodiversidade, pode, infelizmente, estar enredado em várias confusões e incertezas.
Tentando compreender o autismo dentro desses referenciais, que muitas vezes são vagas, Evoluindo, e às vezes contraditório, pode levar à confusão.
Defendemos o regresso aos princípios fundamentais, enfatizando a importância de uma terminologia clara, delineamento preciso dos componentes, e compreender as relações entre eles.
Não se trata apenas de uma questão semântica, mas de um passo necessário para evitar debates infrutíferos decorrentes da ambiguidade e da deturpação de conceitos.
– Item 53: A compreensão clara dos conceitos nomeados deve preceder a otimização de suas designações
Enquanto a expressão “Autista com dificuldades” pode ter sido considerado durante a conversa, Alertamos para o seu uso devido à natureza variável das dificuldades experimentadas pelos indivíduos autistas, que podem surgir de forma imprevisível.
Essa abordagem corre o risco de implicar que apenas alguns indivíduos autistas enfrentam dificuldades, quando na realidade, os desafios prevalecem em todo o espectro.
Pode ser mais produtivo focar nas dificuldades, Deficiência, e necessidades em vez de categorizar os indivíduos com base nos níveis de dificuldade percebidos.
Embora os esforços para evoluir a linguagem para ser menos estigmatizante sejam louváveis, É importante evitar complexidades semânticas que possam obscurecer a compreensão.
Defendemos a clareza, linguagem pragmática que representa com precisão as diversas experiências dos indivíduos autistas, reconhecendo desafios e pontos fortes.
Assim, É crucial diferenciar entre “autismo” e “transtornos do espectro autista” enquanto se esforça para compreender e abordar as necessidades multifacetadas dos indivíduos autistas sem sucumbir à simplificação excessiva ou ambiguidade.
– Item 55: Apreciando sua abertura para ajustar a terminologia para refletir com precisão “transtornos do autismo” ou “condição de autismo” nos esforços para evitar confusão com “autismo”, e gentilmente solicitando a atualização de suas páginas de acordo
Valorizamos profundamente sua disposição de considerar os insights de nossa conversa e fazer ajustes para usar terminologia que represente com precisão “distúrbios” ou “condição,” mitigando, assim, possíveis confusões. Seria imensamente útil se você pudesse atualizar suas páginas sobre a representação geral dos transtornos do espectro autista, que se alinha com o objetivo central da nossa iniciativa. A substituição de “Condições” para “distúrbios” parece promissor e mais adequado, em princípio. Contudo, É crucial garantir que seu conteúdo não implique inadvertidamente que o autismo compreende apenas os transtornos e desafios associados a ele.
4.4. Síntese de todos os nossos comentários em áudio e escritos feitos após a reunião (ou seja. de todo o capítulo 4)
4.4.1. Compreensão abrangente do autismo
Os comentários mergulham na natureza multifacetada do autismo, enfatizando a importância de uma compreensão abrangente que vá além de categorizações simplistas.
Eles enfatizam que o autismo não é uma entidade monolítica definida apenas por seus desafios, mas sim um espectro diversificado que abrange uma ampla gama de pontos fortes, Habilidades, e características.
Reconhecendo essa complexidade, Os comentários visam desafiar os equívocos prevalentes e promover uma percepção mais inclusiva do autismo dentro da sociedade.
4.4.2. Terminologia e linguagem matizadas
Um foco significativo da discussão gira em torno do uso de linguagem precisa e respeitosa quando se discute autismo.
Os comentários defendem uma terminologia que reflita com precisão as diversas experiências dos indivíduos autistas, ao mesmo tempo em que evita uma linguagem que perpetua estereótipos negativos ou reforça uma narrativa baseada no déficit..
Sugestões (pela OMS) incluir ressignificação terminologia de “distúrbios” Para “Condições” captar melhor as variadas manifestações do autismo e afastar-se da linguagem patologizante que mina a dignidade e o valor inerentes aos indivíduos autistas;.
4.4.3. Diferenciação entre Autismo e Transtornos do Espectro Autista (TEA)
Central para o discurso é a necessidade de diferenciação clara entre autismo e TEA. Embora reconhecendo a validade das classificações diagnósticas e os desafios associados enfrentados por indivíduos com TEA, Os comentários alertam para não confundir o autismo com seus transtornos associados.
Eles argumentam que tal confusão simplifica demais a complexidade do autismo e perpetua uma compreensão estreita que não reconhece os pontos fortes e capacidades únicos dos indivíduos autistas.
Em vez de, Eles defendem uma abordagem matizada que reconheça a diversidade inerente dentro da comunidade autista e respeite a individualidade da experiência de cada pessoa.
4.4.4. Metáforas e Analogias para Ilustrar a Complexidade
Metáforas e analogias são empregadas ao longo dos textos para ilustrar a natureza intrincada do autismo.
Uma dessas metáforas compara o autismo a possuir um carro raro, destacando que assim como um veículo único pode ter características distintas e problemas mecânicos ocasionais ou outros problemas, O autismo engloba pontos fortes e desafios.
Essas metáforas servem para transmitir a ideia de que o autismo desafia a categorização simples e requer uma compreensão matizada que abranja sua complexidade.
4.4.5. Apelo à Compreensão e Inclusão
Nos comentários, Há uma forte ênfase na necessidade de maior compreensão e inclusão dos indivíduos autistas na sociedade.
Enquanto o conceito de neurodiversidade é mencionado, não é defendida como solução primária.
De preferência, Há um apelo por abordagens claras e pragmáticas para a inclusão que priorizem as diversas necessidades dos indivíduos autistas.
O foco é criar ambientes que acolham essas necessidades e promovam a aceitação e o respeito aos autistas’ Perspectivas e contribuições únicas.
Fomentando uma cultura de inclusão e compreensão, Os textos visam abordar os desafios enfrentados pelos indivíduos autistas e criar uma sociedade mais solidária e equitativa para todos.
Em essência, A síntese encapsula uma rica tapeçaria de ideias destinadas a promover uma compreensão mais matizada e inclusiva do autismo.
Desafiando as narrativas vigentes, defendendo uma linguagem respeitosa, e abraçar a diversidade de experiências autistas, Os textos buscam abrir caminho para uma sociedade mais equitativa e solidária para todos os indivíduos do espectro autista.
5. Conclusão geral
Fazer
5.1. Sobre o “Confusão de autismo e transtornos” nas páginas gerais da OMS
Fazer
5.2. Sobre a opinião de Chiara Servili (da OMS) sobre a nossa distinção entre “autismo” e “transtornos do autismo”
Fazer
5.3. Sobre a melhoria da compreensão de vários outros aspectos do autismo durante nossa conversa
Fazer
5.3.1. Fazer
5.3.2. Fazer
6. O que Fazer Depois
Fazer